São Paulo, sábado, 05 de abril de 2008

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Federações engrossam coro contra Max Mosley, que processa tablóide

DA ENVIADA A SAKHIR

Apesar de não ter sido o tema dominante no paddock ontem, o escândalo que pode derrubar Max Mosley da presidência da FIA continua rendendo comunicados de repúdio ao inglês.
Maior automóvel clube da Europa, o Adac, da Alemanha, pediu que Mosley "reconsidere seu papel na entidade" após a divulgação de vídeo em que ele aparece fazendo sexo com mulheres trajando uniformes semelhantes aos de prisioneiros de campos de concentração.
"O papel de um presidente da FIA, que representa mais de 100 milhões de motoristas no mundo, não deve ser prejudicado por um caso como este", afirma o documento.
A Knaf, Federação de Automobilismo da Holanda, foi mais agressiva. "Iremos [à reunião convocada por Mosley] e votaremos pela sua saída", declarou Arie Ruitenbeek, presidente da entidade.
Para Yitzhak Milstein, que comanda o automóvel clube de Israel, as revelações foram "chocantes". "Foi surpreendente para nós já que todos os nossos contatos com o senhor Mosley sempre foram muito corretos e respeitáveis."
À Folha, o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Paulo Scaglione, disse que Mosley explicará o que achar pertinente.
"Condeno toda e qualquer invasão de privacidade, independentemente do cargo ou da posição que a pessoa ocupe. Além disso, o caso já é tratado pela Justiça, e o presidente Max Mosley fará os esclarecimentos necessários na assembléia extraordinária da FIA."
Na esfera judicial, Mosley tomou ontem as primeiras providências. A FIA anunciou no fim do dia que os advogados do dirigente impetraram ação na Justiça contra o tablóide "News of the World" alegando "danos ilimitados". (TC)


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