São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009

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Decisivo, Kléber Pereira perde espaço no Santos

Após contusão do atacante, time deixa de priorizá-lo e evolui no setor ofensivo

Apesar de menos acionado, camisa 9 diz gostar de sua nova condição porque pode dividir responsabilidades com todo o elenco alvinegro

Fernando Santos - 1.abr.09/Folha Imagem
O atacante Kléber Pereira, do Santos, que pega a Ponte Preta

CAROLINA ARAÚJO
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

De única referência no ataque a apenas um dos nomes do setor ofensivo santista. Este foi o caminho percorrido por Kléber Pereira no Paulista-09.
E, embora coadjuvante, o artilheiro é uma das apostas da equipe alvinegra para conquistar a última vaga para as semifinais, hoje, ante a Ponte Preta.
As razões para a mudança no estilo de jogo do Santos incluem a troca de comando -Vagner Mancini substituiu Marcio Fernandes na nona rodada- e o baixo rendimento de atletas até então titulares, como Lúcio Flávio e Roni.
Mas o treinador foi obrigado a mexer na equipe também para lidar com uma má notícia: o afastamento do artilheiro Kléber Pereira por contusão.
Com uma lesão na coxa, o atacante ficou fora do time por quatro jogos no Estadual -da 11ª até a 14ª rodada.
Antes armado para servir o camisa 9, o Santos agora atua diferente. Em vez de priorizar passes que visavam sempre os pés do atacante, passou a usar as jogadas pelas laterais para chegar à área rival. Para isso, conta com dois jogadores velozes -Madson pela direita e Neymar pela esquerda.
O resultado é que, desde que deixou de priorizar Kléber Pereira, o time evoluiu em vários fundamentos. O atacante, porém, tornou-se mais apagado.
A melhora do grupo fica clara se forem comparadas as médias do time antes e depois da décima rodada -último jogo de Kléber Pereira antes da lesão.
Segundo o Datafolha, sem dar prioridade ao atacante, o Santos chutou mais ao gol. Enquanto nos dez primeiros duelos a média foi de nove finalizações por jogo, nos oito últimos confrontos esse índice subiu para 9,8 por partida.
A equipe também vem jogando mais bonito, graças à maior participação dos habilidosos Neymar e Paulo Henrique na armação. Foram mais dribles -no começo eram 11,7 por partida, enquanto a média dos últimos oito jogos foi de 17,8.
Por outro lado, os quocientes individuais de Kléber Pereira caíram desde a sua volta. Como recebe menos passes -a média dos quatro últimos jogos foi de 18,8 bolas recebidas, contra 21,1 no começo do campeonato-, o camisa 9 também finaliza menos. Nas dez primeiras partidas, eram 3,8 chutes a gol por jogo. Sua média atual, porém, caiu para quase um terço do que era antes- nos quatro últimos confrontos, foi de 1,3 finalização por partida.
Apesar de não ser mais indispensável, o camisa 9 não reclama de sua nova condição de coadjuvante. Afirma preferir dividir com o time a responsabilidade pelos gols.
"Melhora para o grupo ter mais opções. E, se nos classificarmos, não vai ser graças a A ou B, mas mérito de todo o grupo", afirmou o artilheiro.
Apesar de menos acionado, Kléber Pereira segue decisivo. No triunfo ante a Portuguesa, na quinta, foi dele o gol da vitória, feito que manteve as chances santistas de classificação.


NA TV - Ponte Preta x Santos
Sportv, ao vivo, às 16h



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