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Roddick brilha de novo entre os grandes
Americano bate carrasco de Federer e leva título do Masters 1.000 de Miami
Exímio sacador, ex-número um do mundo aprimora
golpes e volta a vencer um
dos maiores torneios depois de quatro anos de jejum
Carlos Barria/Reuters
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Andy Roddick rebate na vitória sobre Tomas Berdych em Miami
DA REPORTAGEM LOCAL
Andy Roddick já foi o número um do mundo. Em 2003,
venceu dois Masters 1.000 na
sequência, conquistou o Aberto
do EUA e terminou o ano no topo do ranking mundial.
Mas a ascensão de Roger Federer o empurrou à condição
de coadjuvante no circuito.
Desde que o suíço o tirou da
liderança da ATP, em fevereiro
de 2004, o americano "só" conseguiu conquistar mais dois
Masters (Miami-04 e Cincinnati-06) e chegou a quatro decisões de Grand Slam -nas
quatro, foi batido por Federer.
Quase quatro anos após seu
último grande título (a série
Masters só perde em importância para o Grand Slam), Roddick voltou a brilhar em eventos de primeira linha.
Ontem, o oitavo do mundo,
em um jogo disputado, venceu
o tcheco Tomas Berdych por
7/5 e 6/4 e conquistou o título
do Masters 1.000 de Miami.
"Foi um dia excelente. O saque funcionou e joguei limpo",
afirmou Roddick. "Senti um
pouco a pressão já que cheguei
muito perto em Indian Wells,
há duas semanas", completou o
americano, lembrando a derrota para o croata Ivan Ljubicic.
Roddick não teve seu saque
ameaçado nenhuma vez pelo
rival na partida de ontem.
Parte da volta à boa fase do
americano pode ser creditada
ao técnico Larry Stefanki, contratado no final de 2008.
Desde então, Roddick, 27,
perdeu cerca de cinco quilos,
melhorou sua movimentação e
aprimorou seus golpes, o que
lhe permitiu variar mais a parte
tática e não ficar tão dependente de seu poderoso saque, como
acontecia antigamente.
"Andy é talvez o tenista que
mais trabalhe no circuito", afirmou Stefanki, ex-treinador de
John McEnroe. "Acho que ele
pode ter trajetória muito similar à de Andre Agassi, que teve
seus melhores momentos a
partir dos 27 anos."
O rival de Roddick vinha embalado. Algoz de Federer nas
oitavas de final e 20º do mundo,
Tomas Berdych também tinha
eliminado outro top ten (Robin
Soderling, sétimo da ATP) rumo à final do torneio, mas não
conseguiu encerrar um tabu de
19 anos em Miami.
Em 1991, o americano Jim
Courier, então o 18º do mundo,
foi o último tenista que não figurava entre os dez melhores
do ranking a vencer em Miami.
"Andy esteve muito bem hoje. O saque dele foi ótimo e ele
mereceu a vitória", afirmou
Berdych, cujo único título desse porte foi em Paris-2005.
Foi o sexto triunfo de Roddick em oito partidas contra
Berdych. Nas três vezes em que
eles se enfrentaram neste ano,
o americano saiu vencedor.
Com a vitória, Roddick se
tornou o quarto tenista em atividade (depois de Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) a
conquistar pelo menos cinco títulos de Masters 1.000.
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