São Paulo, segunda-feira, 05 de abril de 2010

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Roddick brilha de novo entre os grandes

Americano bate carrasco de Federer e leva título do Masters 1.000 de Miami

Exímio sacador, ex-número um do mundo aprimora golpes e volta a vencer um dos maiores torneios depois de quatro anos de jejum

Carlos Barria/Reuters
Andy Roddick rebate na vitória sobre Tomas Berdych em Miami

DA REPORTAGEM LOCAL

Andy Roddick já foi o número um do mundo. Em 2003, venceu dois Masters 1.000 na sequência, conquistou o Aberto do EUA e terminou o ano no topo do ranking mundial.
Mas a ascensão de Roger Federer o empurrou à condição de coadjuvante no circuito.
Desde que o suíço o tirou da liderança da ATP, em fevereiro de 2004, o americano "só" conseguiu conquistar mais dois Masters (Miami-04 e Cincinnati-06) e chegou a quatro decisões de Grand Slam -nas quatro, foi batido por Federer.
Quase quatro anos após seu último grande título (a série Masters só perde em importância para o Grand Slam), Roddick voltou a brilhar em eventos de primeira linha.
Ontem, o oitavo do mundo, em um jogo disputado, venceu o tcheco Tomas Berdych por 7/5 e 6/4 e conquistou o título do Masters 1.000 de Miami.
"Foi um dia excelente. O saque funcionou e joguei limpo", afirmou Roddick. "Senti um pouco a pressão já que cheguei muito perto em Indian Wells, há duas semanas", completou o americano, lembrando a derrota para o croata Ivan Ljubicic.
Roddick não teve seu saque ameaçado nenhuma vez pelo rival na partida de ontem.
Parte da volta à boa fase do americano pode ser creditada ao técnico Larry Stefanki, contratado no final de 2008.
Desde então, Roddick, 27, perdeu cerca de cinco quilos, melhorou sua movimentação e aprimorou seus golpes, o que lhe permitiu variar mais a parte tática e não ficar tão dependente de seu poderoso saque, como acontecia antigamente.
"Andy é talvez o tenista que mais trabalhe no circuito", afirmou Stefanki, ex-treinador de John McEnroe. "Acho que ele pode ter trajetória muito similar à de Andre Agassi, que teve seus melhores momentos a partir dos 27 anos."
O rival de Roddick vinha embalado. Algoz de Federer nas oitavas de final e 20º do mundo, Tomas Berdych também tinha eliminado outro top ten (Robin Soderling, sétimo da ATP) rumo à final do torneio, mas não conseguiu encerrar um tabu de 19 anos em Miami.
Em 1991, o americano Jim Courier, então o 18º do mundo, foi o último tenista que não figurava entre os dez melhores do ranking a vencer em Miami.
"Andy esteve muito bem hoje. O saque dele foi ótimo e ele mereceu a vitória", afirmou Berdych, cujo único título desse porte foi em Paris-2005.
Foi o sexto triunfo de Roddick em oito partidas contra Berdych. Nas três vezes em que eles se enfrentaram neste ano, o americano saiu vencedor.
Com a vitória, Roddick se tornou o quarto tenista em atividade (depois de Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) a conquistar pelo menos cinco títulos de Masters 1.000.


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