do enviado a Barcelona

O escocês David Coulthard foi a grande atração do autódromo de Barcelona, ontem. Sobrevivente de um desastre aéreo há três dias, o piloto da McLaren deu detalhes sobre o acidente, mais uma vez manifestou pesar pelas duas mortes e pediu respeito da imprensa.
O piloto leu um comunicado, ressaltando que não falaria mais sobre o caso nos próximos dias.
"Mais uma vez, quero expressar meus sentimentos às famílias dos dois pilotos", disse o escocês, vice-líder do Mundial de F-1.
De acordo com ele, depois de uma hora de vôo, o co-piloto informou que o jatinho estava com um problema em uma das turbinas e que teria que fazer um pouso de emergência em Lyon.
"Tivemos tempo para nos preparar para a queda. Assim que o avião pousou, bateu com a asa direita na pista, o tanque explodiu, e o fogo começou", disse.
Coulthard, sua noiva, a modelo norte-americana Heidy Wichilinski, e Andrew Matthews, preparador físico do escocês, conseguiram escapar a tempo. O piloto e o co-piloto do Learjet morreram com o choque.
"Depois que fui atendido, voltei para o avião para tentar resgatar os dois, mas já não havia mais tempo", declarou Coulthard.
O avião havia decolado de Farnborough (região de Londres) com destino a Nice (França). De lá, o piloto iria a Mônaco, onde mora.
Apesar do acidente, o escocês vai correr neste final de semana. Hoje, já participará do primeiro treino livre para o GP da Espanha.
Ontem à tarde, ele recebeu a liberação médica de Sid Watkins, neurocirurgião que acompanha a F-1 há quase 20 anos. (FSx)

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