São Paulo, sexta-feira, 05 de maio de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Equipe brasileira não perdia no estádio Centenário desde 1971
Peñarol acaba com tabu de 29 anos do Palmeiras

da Reportagem Local

O Palmeiras não resistiu à pressão do Peñarol e acabou perdendo por 2 a 0, ontem à noite, em Montevidéu, encerrando um jejum de 29 anos sem perder no estádio Centenário.
A derrota de ontem foi a terceira do Palmeiras para times uruguaios no estádio Centenário.
Antes do jogo de ontem, o último revés havia sido em 18 de maio de 1971, quando o time do Parque Antarctica foi batido pelo Nacional por 3 a 1 e acabou eliminado da Taça Libertadores daquele ano.
O retrospecto do Palmeiras em Montevidéu era bom. Lá, o time havia conquistado quatro vitórias, a última delas em uma goleada de 5 a 0 sobre o Nacional, pela Copa Mercosul de 1998.
Apostando na força da marcação para conseguir pelo menos um empate contra o Peñarol, o técnico Scolari escalou o meio-campo com três volantes.
O treinador palmeirense colocou Neném na lateral direita e deslocou Rogério para o meio, onde teria a companhia de Galeano e César Sampaio.
Sob chuva intensa, o Palmeiras foi pressionado desde o primeiro minuto. Acuado, o time era facilmente envolvido pelos rivais.
Aos 6min, os uruguaios reclamaram pênalti em um toque de mão de César Sampaio. Para o juiz argentino Daniel Gimenez, o volante estava fora da área.
Na cobrança de falta, Bengoechea bateu com perigo. O goleiro Marcos se esticou, e a bola acabou indo para fora.
A primeira chance do Palmeiras aconteceu aos 10min. Basílio, que se movimentava bastante no ataque, recebeu a bola pela direita, mas bateu fraco, nas mãos do goleiro Elduayen.
Com o passar do tempo, a equipe paulista foi melhorando e conseguiu neutralizar os ataques do Peñarol. O problema do time estava no setor de criação, já que o meia Alex, apagado, pouco se movimentava.
Aos 25min, o time brasileiro teve sua melhor chance no jogo. O atacante Marcelo Ramos, que fazia sua estréia na Libertadores, recebeu livre na área, mas bateu por cima do gol de Elduayen.
Após a expulsão de Scolari, aos 33min, o Palmeiras se descontrolou. Três minutos depois, Bengoechea, um dos destaques do Peñarol, acertou belo chute de voleio. Marcos espalmou para escanteio, fazendo bela defesa.
O primeiro gol do Peñarol foi marcado aos 39min.
Depois de lançamento, o zagueiro Agnaldo caiu sozinho, e Pacheco, aproveitando a falha do palmeirense, bateu rasteiro, sem chances para Marcos.
No segundo tempo, o Palmeiras continuou nervoso. Para piorar ainda mais a situação dos brasileiros, o volante Galeano foi expulso após jogada violenta.
Com um jogador a mais, o Peñarol passou a atacar com mais frequência. Aos 14min, Cafu bateu cruzado, e Marcos fez mais uma boa defesa.
O lance mais polêmico da partida aconteceu aos 35min. Após cobrança de escanteio, o árbitro argentino marcou um pênalti inexistente. De acordo com Gimenez, o zagueiro Agnaldo empurrou um uruguaio dentro da área.
Bengoechea bateu com perfeição, no canto esquerdo, e ampliou para o Peñarol.
Agora, o time de Scolari precisa vencer por três gols de diferença, na próxima quinta-feira, em São Paulo, para se classificar para a próxima fase da competição e continuar na luta pelo bicampeonato sul-americano.


Texto Anterior: Olimpíada: Patrocínio do boxe nacional é sob "tutela"
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.