|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Equipe brasileira não perdia no estádio Centenário desde 1971
Peñarol acaba com tabu de 29 anos do Palmeiras
da Reportagem Local
O Palmeiras não resistiu à pressão do Peñarol e acabou perdendo por 2 a 0, ontem à noite, em
Montevidéu, encerrando um jejum de 29 anos sem perder no estádio Centenário.
A derrota de ontem foi a terceira
do Palmeiras para times uruguaios no estádio Centenário.
Antes do jogo de ontem, o último revés havia sido em 18 de
maio de 1971, quando o time do
Parque Antarctica foi batido pelo
Nacional por 3 a 1 e acabou eliminado da Taça Libertadores daquele ano.
O retrospecto do Palmeiras em
Montevidéu era bom. Lá, o time
havia conquistado quatro vitórias, a última delas em uma goleada de 5 a 0 sobre o Nacional, pela
Copa Mercosul de 1998.
Apostando na força da marcação para conseguir pelo menos
um empate contra o Peñarol, o
técnico Scolari escalou o meio-campo com três volantes.
O treinador palmeirense colocou Neném na lateral direita e
deslocou Rogério para o meio,
onde teria a companhia de Galeano e César Sampaio.
Sob chuva intensa, o Palmeiras
foi pressionado desde o primeiro
minuto. Acuado, o time era facilmente envolvido pelos rivais.
Aos 6min, os uruguaios reclamaram pênalti em um toque de
mão de César Sampaio. Para o
juiz argentino Daniel Gimenez, o
volante estava fora da área.
Na cobrança de falta, Bengoechea bateu com perigo. O goleiro
Marcos se esticou, e a bola acabou
indo para fora.
A primeira chance do Palmeiras
aconteceu aos 10min. Basílio, que
se movimentava bastante no ataque, recebeu a bola pela direita,
mas bateu fraco, nas mãos do goleiro Elduayen.
Com o passar do tempo, a equipe paulista foi melhorando e conseguiu neutralizar os ataques do
Peñarol. O problema do time estava no setor de criação, já que o
meia Alex, apagado, pouco se
movimentava.
Aos 25min, o time brasileiro teve sua melhor chance no jogo. O
atacante Marcelo Ramos, que fazia sua estréia na Libertadores, recebeu livre na área, mas bateu por
cima do gol de Elduayen.
Após a expulsão de Scolari, aos
33min, o Palmeiras se descontrolou. Três minutos depois, Bengoechea, um dos destaques do Peñarol, acertou belo chute de voleio. Marcos espalmou para escanteio, fazendo bela defesa.
O primeiro gol do Peñarol foi
marcado aos 39min.
Depois de lançamento, o zagueiro Agnaldo caiu sozinho, e
Pacheco, aproveitando a falha do
palmeirense, bateu rasteiro, sem
chances para Marcos.
No segundo tempo, o Palmeiras
continuou nervoso. Para piorar
ainda mais a situação dos brasileiros, o volante Galeano foi expulso
após jogada violenta.
Com um jogador a mais, o Peñarol passou a atacar com mais
frequência. Aos 14min, Cafu bateu cruzado, e Marcos fez mais
uma boa defesa.
O lance mais polêmico da partida aconteceu aos 35min. Após cobrança de escanteio, o árbitro argentino marcou um pênalti inexistente. De acordo com Gimenez, o zagueiro Agnaldo empurrou um uruguaio dentro da área.
Bengoechea bateu com perfeição, no canto esquerdo, e ampliou
para o Peñarol.
Agora, o time de Scolari precisa
vencer por três gols de diferença,
na próxima quinta-feira, em São
Paulo, para se classificar para a
próxima fase da competição e
continuar na luta pelo bicampeonato sul-americano.
Texto Anterior: Olimpíada: Patrocínio do boxe nacional é sob "tutela" Próximo Texto: Frases Índice
|