São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

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Parreira quer "fazer o resultado" hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

Para chegar ao título do Rio-São Paulo, o técnico Carlos Alberto Parreira quer repetir a estratégia que tem dado certo nos mata-matas da Copa do Brasil.
A idéia do treinador é "fazer o resultado" no jogo de hoje e "administrá-lo" na segunda partida.
Dessa forma, os corintianos chegaram à decisão do torneio nacional. Nas quartas-de-final, o time do Parque São Jorge bateu o Paraná por 3 a 1 no primeiro jogo, em casa, e mesmo perdendo o confronto seguinte por 1 a 0 assegurou a vaga.
Nas semifinais, diante do próprio São Paulo, a equipe de Parreira também garantiu a vaga ao derrotar o rival no jogo de ida. Na partida de volta, os são-paulinos venceram por 2 a 1 e acabaram eliminados pelo saldo de gols (2 contra 3 do Corinthians).
"Para nós interessa ganhar bem o primeiro jogo já que depois teremos de decidir a Copa do Brasil. São quatro jogos importantes em apenas dez dias", declarou o técnico, citando os confrontos com o modesto Brasiliense na competição nacional.
Apesar disso, o treinador, temendo o desgaste psicológico do time, pediu a "compreensão" dos torcedores caso "algo saia errado". "O torcedor tem que entender que, às vezes, as coisas não acontecem como planejamos. Existe um desgaste psicológico enorme desses atletas", afirmou.
"A cada três dias eles têm um leão para matar. E até agora têm se saído muito bem."
O trunfo de Parreira para tentar superar os rivais é o lado esquerdo do time, formado por Kléber, Ricardinho e Gil, e responsável por 35,3% dos 34 gols da equipe no torneio interestadual.
A confiança do técnico na eficiência ofensiva do setor é tamanha que ele até exagera ao falar sobre o trio de jogadores.
"Ele [setor esquerdo" faz a diferença. Nada se compara a Kléber, Ricardinho e Gil. É o melhor lado esquerdo do Brasil."
A provável ausência do meia-atacante são-paulino Kaká também aumentou a confiança dos corintianos. Mesmo comedidos, Parreira e seus comandados não escondem que o desfalque diminuirá muito o poder ofensivo do rival. "É a maior revelação do Brasil", disse o técnico. (EAR)


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