DA REPORTAGEM LOCAL

Há um ano à frente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa decide hoje pela reformulação de seu corpo de diretores.
A reunião, que inicialmente estava marcada para o dia 2, foi adiada para hoje e virou o principal assunto da tribuna especial usada pelos dirigentes são-paulinos no estádio do Morumbi.
Os diretores compareceram em peso, e a sala foi fechada.
A mudança, prevista desde o começo do mandato de Gouvêa, deve envolver pelo menos dois cargos de cúpula: a diretoria de marketing e a de administração.
Mas os dois diretores, José Roberto Canassa e Edson Lapolla, foram avisados que continuarão ativos na gestão Gouvêa, como adjuntos ou gerentes.
Para a vaga de Lapolla, deverá ser escolhido Dorival José Deccossau, pai do ex-são paulino Caio e conselheiro do grupo que apóia Gouvêa. Ele já atuava no marketing como assistente.
Já o departamento de futebol não deverá sofrer mudanças. O diretor Carlos Augusto Barros e Silva disse que não quer sair, e o presidente afirmou ontem que não irá demiti-lo.
Mas o principal assunto da reunião de hoje será a escolha do substituto de Oswaldo de Oliveira. O treinador gremista Tite, nome que agrada a cúpula são-paulina, afirmou a interlocutores que está envolvido com a disputa da Taça Libertadores da América.
A dificuldade que enfrentará o novo técnico não será novidade no São Paulo pós-Telê Santana.
Desde o fim da era vitoriosa do ex-técnico são-paulino, nenhum outro profissional conseguiu completar duas temporadas inteiras no clube do Morumbi.
Antes de Oliveira, Nelsinho Baptista (2001/2002), Oswaldo Alvarez (2000/2001), além de Levir Culpi, Paulo César Carpegiani, Mário Sérgio e Carlos Alberto Parreira, caíram depois de malograrem em campeonatos nacionais, que davam vaga na Taça Libertadores da América.
"Ontem [anteontem" o Rogério me disse que não sabe com quantos técnicos já trabalhou no São Paulo. É uma contingência do futebol", disse o atual presidente do São Paulo, que acertou a saída de Baptista tão logo assumiu em abril do ano passado. (MR)

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