São Paulo, sexta-feira, 05 de maio de 2006

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PF dá batida em camarote atrás de Berezovski

DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco agentes armados da Polícia Federal causaram tensão e medo ontem no Pacaembu muito antes do tumulto generalizado que paralisou a partida. Os policiais invadiram três camarotes do estádio durante o início do segundo tempo do confronto entre Corinthians e River Plate.
Os policiais não disseram o motivo da ação, mas testemunhas revelaram que o alvo era o magnata russo Bóris Berezovski, procurado pela Interpol.
Durante a semana, Kia Joorabchian, executivo da MSI, parceira do Corinthians, havia dito que conversara com Berezovski, que é seu amigo pessoal, mas que ele não fora convidado para ir ao Pacaembu.
Em 2005, o Ministério Público investigou o iraniano, que teria ligações com o russo e suspeita de lavagem de dinheiro.
A ação na tribuna durou cerca de um minuto. Os agentes deixaram o local sem falar com a imprensa e sem prender ninguém. Lá estavam, além de Kia, o presidente do clube, Alberto Dualib, o técnico do Chelsea, José Mourinho, o volante Mascherano e autoridades municipais e estaduais.
"Um deles estava com a metralhadora engatilhada. Ficamos com medo", disse Tatá Muniz, diretor de comunicação da Secretaria de Esportes de São Paulo.
O próprio diretor de comunicação e seguranças foram empurrados pelos agentes da PF. "Eu não entendi o que houve. Dentro da tribuna eles não machucaram ninguém. Só olharam e saíram", falou Osmar Stabile, conselheiro e aliado de Alberto Dualib.
A Folha não localizou ninguém da Polícia Federal para falar sobre a ação. (EA, KT E TT)


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