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PF dá batida em camarote atrás de Berezovski
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco agentes armados da
Polícia Federal causaram tensão e medo ontem no Pacaembu muito antes do tumulto generalizado que paralisou a partida. Os policiais invadiram
três camarotes do estádio durante o início do segundo tempo do confronto entre Corinthians e River Plate.
Os policiais não disseram o
motivo da ação, mas testemunhas revelaram que o alvo era o
magnata russo Bóris Berezovski, procurado pela Interpol.
Durante a semana, Kia Joorabchian, executivo da MSI,
parceira do Corinthians, havia
dito que conversara com Berezovski, que é seu amigo pessoal, mas que ele não fora convidado para ir ao Pacaembu.
Em 2005, o Ministério Público investigou o iraniano, que
teria ligações com o russo e suspeita de lavagem de dinheiro.
A ação na tribuna durou cerca de um minuto. Os agentes
deixaram o local sem falar com
a imprensa e sem prender ninguém. Lá estavam, além de Kia,
o presidente do clube, Alberto
Dualib, o técnico do Chelsea,
José Mourinho, o volante Mascherano e autoridades municipais e estaduais.
"Um deles estava com a metralhadora engatilhada. Ficamos com medo", disse Tatá
Muniz, diretor de comunicação da Secretaria de Esportes
de São Paulo.
O próprio diretor de comunicação e seguranças foram empurrados pelos agentes da PF.
"Eu não entendi o que houve.
Dentro da tribuna eles não machucaram ninguém. Só olharam e saíram", falou Osmar
Stabile, conselheiro e aliado de
Alberto Dualib.
A Folha não localizou ninguém da Polícia Federal para
falar sobre a ação.
(EA, KT E TT)
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