São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2008

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Painel FC

RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br

Coração de mãe

Portão do Parque Antarctica, por onde entram os times, serviu de entrada para torcedores sem ingressos. Era só chegar e falar o nome a um dos funcionários do clube. Se estivesse numa lista, entrava. Parte dos convidados era da PM, o que gerou confusão. "Já entraram mais de 200 da PM. São só 80 na lista, mas cada um entra com três ou quatro", dizia fiscal do clube para um policial que escoltava quatro palmeirenses. "Deixa entrar que o tenente mandou", respondeu o policial. Os agraciados viram o jogo na arquibancada.



Lote extra. A diretoria do Palmeiras diz que a lista com 80 convidados da PM foi feita porque o número de ingressos cedidos aos policiais foi insuficiente. A coluna telefonou para o coronel Carlos Botelho, mas não o encontrou.

Sentido. O governador José Serra, que chegou ao Parque Antarctica quando já estava 2 a 0, negou que tenha ordenado à PM liberar o estádio para o duelo com o São Paulo. Mas disse: "Reforcei para a PM que a segurança tinha de ser caprichada, sem truculência".

Contra-ordem. Enquanto palmeirenses brigavam com a PM na arquibancada, um segurança do governador vibrava: "A PM deu borrachada e abriu um clarão na Mancha", dizia, esfregando as mãos.

Número um. "É o fim da era Mustafá", bradava o secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, assim que acabou o jogo. Ele corria de um camarote para o outro no estádio e até tirou foto ao lado de Serra, seu chefe.

Água mineral. O camarote da federação paulista no Parque Antarctica não serviu bebida alcoólica. Quer evitar conflito com a CBF, que decretou lei seca nos estádios em jogos sob sua batuta.

Diferenciado. "Certeza absoluta que eu não vou à festa da federação paulista". É Juvenal Juvêncio, sobre participar da cerimônia de encerramento do Estadual, hoje.

Boicote. A frase do presidente do São Paulo é repetida por seus principais diretores. A ordem é ignorar a solenidade em retaliação ao que chamam de gestão palmeirense.

Feitiço. O pedido do Atlético-PR para a federação não levar a taça do Estadual para seu estádio resvalou na disputa na cidade sobre a arena da Copa-14. O Coritiba diz que se os atleticanos não dão segurança a um adversário que festeje um título lá, não tem como receber o torneio.

Esperança. O parecer da Secretaria de Direitos Econômicos condenando contratos entre Globo e Clube dos 13, animou o flamenguista Márcio Braga. Contrário ao acordo, prestes a ser assinado, ele crê que a emissora terá de fazer tratos com cada clube.

Tiro no pé. Paulo Garcia, opositor corintiano, diz ter pesquisa que revela ser de 70% o índice de rejeição de Andres Sanchez entre os sócios do clube. O presidente foi o principal defensor do direito de voto para os associados.

Dividida

"O São Paulo não recupera todo mundo? Então, agora está na hora de receberem o Ronaldo. Ele vai se encaixar bem lá"

De RUBENS GOMES , conselheiro corintiano, sobre o São Paulo abrir suas portas para jogadores se tratarem e depois tentar contratá-los


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