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Alex Mineiro comanda conquista com goleada
Camisa 9 palmeirense marca três vezes e fecha Paulista com título de artilheiro
Time atropela a Ponte Preta no Parque Antarctica e faz goleador do Estadual quatro anos depois de Vágner Love ter conseguido a façanha
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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Alex Mineiro é abraçado por Martinez após fazer o 5º gol da goleada do Palmeiras sobre a Ponte
Palmeiras 5
Ponte Preta 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Um camisa 9 como havia
tempos o time não tinha em seu
elenco. Um artilheiro de Paulista que entrou para uma seleta lista do clube. Alex Mineiro,
33, comandou a goleada de ontem sobre a Ponte Preta.
Autor de 3 dos 5 gols da equipe na decisão, o jogador conseguiu, aos 20min, igualar-se ao
santista Kléber Pereira no topo
da listagem de goleadores.
No segundo tempo, o atacante alviverde anotou mais duas
vezes, fechou o campeonato
com 15 tentos e, como reconhecimento ao restante do grupo,
disse que vai dividir o prêmio
de R$ 300 mil dado pela federação paulista ao artilheiro.
"Vou dividir. Depois de um
passe como aquele do Martinez, não tem outro jeito, né?",
disse o atleta, referindo-se à assistência dada pelo volante
-em posição duvidosa depois
de tabelar com Valdivia-, aos
31min da etapa final, que ele
completou com o gol aberto.
O show particular do mineiro
de Belo Horizonte, porém, começara ainda na etapa inicial.
Após o gol contra anotado
pelo volante Ricardo Conceição, aos 20min, o centroavante
utilizou a cabeça -foi o sétimo
gol dele assim no torneio- para
completar o cruzamento de Élder Granja e já puxar o coro de
"é campeão" da torcida.
Verdade que os palmeirenses
não encontraram a menor resistência do seu oponente, já
vencido no duelo de Campinas,
na semana passada, por 1 a 0.
Nem a tática do técnico Sérgio Guedes, que mentiu durante a semana ao cravar que o zagueiro César e o meia Elias, recuperando-se de lesões, estavam fora da decisão, adiantou
alguma coisa para o rival.
Com a dupla em campo -e o
retorno do meia Renato, artilheiro do time no campeonato
com oito gols, que estava suspenso-, quem mais buscava
agredir os donos da casa era o
lateral-direito Eduardo Arroz.
Faltou, acima de tudo, precisão aos ponte-pretanos, que finalizaram mais que os palmeirenses (16 a 12), segundo o Datafolha, e acertaram as mesmas
cinco conclusões do rival. Para
azar de Sérgio Guedes, seu time
não tinha um Alex Mineiro no
comando do ataque.
Na etapa final, o Palmeiras
resolveu justificar os cerca de
R$ 20 milhões investidos no
elenco para esta temporada e,
liderado por seu centroavante,
deu show em sua casa.
Antes que Alex Mineiro iniciasse o massacre, o meia Valdivia tratou de mostrar quem
mandava no Parque Antarctica.
Em bela jogada individual, aos
28min, ele se livrou da marcação e bateu no canto esquerdo
de Aranha para fazer 3 a 0.
Depois de Martinez "dar" o
quarto gol para o atacante marcar mais um, veio a cereja no
bolo de Alex. Aproveitando-se
de bobeada da zaga alvinegra,
ele limpou os zagueiros e tirou
de Aranha com um toque sutil,
à direita do arqueiro.
Com uma camisa branca por
baixo do uniforme com um coração e a frase "I love Jesus e
minha família", ele recebeu os
abraços dos companheiros.
Desde 2004, quando Vágner
Love anotou 12 vezes, que o clube alviverde não terminava o
Estadual com o artilheiro.
Sem contar que apenas Evair
(1994), César (1971) e Humberto (1953 e 54) conseguiram o
feito de serem os goleadores do
Estadual. Como Palestra Itália,
o clube viu Heitor e Domingues
(1926) e Romeu (1932 e 34) alcançarem a marca.
Assim como o lateral Leandro, Alex Mineiro foi o único do
elenco a participar das 23 partidas do Palmeiras no Estadual.
"Já somos campeões paulistas. Vamos tentar, agora, sermos do Brasileiro também",
disse o volante Léo Lima, que,
lesionado, viu de fora o time
passear no Parque Antarctica.
Já no final do confronto, uma
discussão entre o meia Diego
Souza e parte do banco de reservas da Ponte Preta resultou
na expulsão do camisa 7 palmeirense. Nada, porém, que
pudesse estragar uma festa não
protagonizada pela torcida do
clube desde 1996.
(MDA, RC E TA)
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