São Paulo, terça-feira, 05 de maio de 2009

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VÔLEI

As novas apostas

O desafio de Zé Roberto será achar uma substituta para Fofão; Ana Tiemi e Dani Lins serão as primeiras testadas

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O NOVO ciclo olímpico começa hoje para a seleção feminina, ouro nos Jogos de Pequim. O maior desafio nos próximos quatro anos será formar uma levantadora para substituir Fofão e ser titular em Londres-2012. Dani Lins e Ana Tiemi são as novas apostas.
A levantadora Carol Albuquerque, 31 anos e reserva da Fofão na China, não foi convocada, mas não está descartada. A tese da comissão técnica é a seguinte: a distância das novas levantadoras para Fofão é enorme, mas a distância delas para Carol não é tão significativa.
A ideia é investir em novos talentos. Dani Lins, 24 anos e 1,85 m, é a grande candidata. Ela evoluiu muito nos últimos anos e tem colecionado títulos com o Rio. Dani joga com velocidade, é ousada e habilidosa. Já Ana Tiemi, 21, impressiona pelo físico: tem 1,88 m. É mais alta do que muitas atacantes.
A seleção se apresenta hoje no Rio com duas pontas ausentes: Paula Pequeno deverá passar por cirurgia no joelho amanhã, e Jaqueline ganhou férias da seleção, já que disputa as finais do Italiano. Sem elas, a comissão técnica convocou três ponteiras (Mari, Regiane e Sassá), além de Natália, que pode jogar como ponta ou oposto. Das quatro, quem tem o melhor passe é Sassá, mas ela é baixa e deixa a desejar no bloqueio e no ataque. Conclusão: a seleção vai sofrer na recepção.
O desafio é melhorar o passe de Mari, Regiane e Natália. Se bem que em Pequim Mari surpreendeu. Teve o sexto melhor passe da Olimpíada. No Brasil, faltam pontas altas e com boa recepção. Já centrais com qualidade não faltam: Thaísa, Fabiana e Carol Gattaz dão conta do recado. A novidade deste ano é que as seleções vão entrar em quadra com 13 jogadoras, das quais duas líberos. As escolhidas são a eterna Fabi e a revelação Camila Brait, que jogou muita bola pelo Osasco na Superliga.
Este ano não tem torneios muito importantes, então ele serve mesmo para dar experiência e testar novas atletas. O primeiro será em junho, em Montreaux, com a participação de oito seleções, entre as quais China, Cuba e Itália.

ITALIANO
O Pesaro, do técnico Zé Roberto e da ponteira Jaqueline, volta à quadra amanhã no segundo jogo, da série de cinco, da final do Italiano. Na primeira partida contra o Novara, o Pesaro venceu por 3 a 1. Zé Roberto só vai começar a dirigir a seleção depois da decisão.

RUSSO
O atacante Giba voltou a sofrer com os americanos Lloy Ball e Clayton Stanley, os carrascos do Brasil em Pequim. O Zenit Kazan, de Ball e Stanley, foi campeão russo ao vencer por 3 sets a 1 e pela terceira vez o Odintsovo, de Giba. Apesar da derrota, Giba foi o maior pontuador do jogo, com 17 pontos.
cidasan@uol.com.br


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