São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Só nos pênaltis São Paulo obtém vaga

Após 180 minutos sem marcar no fraco Universitario, time é salvo por Rogério e vai às quartas de final da Libertadores

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Rogério defende pênalti no Morumbi pela Libertadores

São Paulo 0
Universitario 0


RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

"Trinchera norte". Era o que dizia a faixa da torcida do Universitario no Morumbi. A palavra descreveu a postura do time peruano na partida diante do São Paulo, a segunda das oitavas de final da Libertadores.
Por 90 minutos, os jogadores da equipe visitante, o Universitario, entrincheiraram-se na defesa. Evitaram um gol apesar do bombardeio são-paulino.
O empate sem gols, repetindo o placar do primeiro jogo, levou a disputa para os pênaltis.
Mas a maior qualidade técnica pesou depois do final do tempo normal. O time peruano desperdiçou três de quatro cobranças. Duas foram defendidas por Rogério, que antes tinha perdido sua penalidade.
Resultado: 3 a 1 para o São Paulo, classificado às quartas do campeonato continental.
"Quando você perde, e é goleiro, fica pressionado. Mas ele [Alva] bateu no meio e deixei o pé. O segundo foi mais consciente, ele [Carlos Galván] mostrou o canto, como eu devo ter feito", explicou Rogério.
Ele concentrou-se bastante após perder o pênalti para pegar o seguinte. Foi o mais festejado por colegas e torcedores.
Labarthe chutou para fora, com Rogério caído. Hernanes, Marcelinho e Dagoberto acertaram suas cobranças.
De saldo, além da vaga na próxima fase, uma atuação com vontade e diversas chances de gol diante de um adversário frágil. Sobraram ainda vaias para o técnico Ricardo Gomes, hostilizado pela torcida desde o início.
Apesar dos apupos ao treinador e da irritação dos fãs com o time, os atletas viram o São Paulo tendo uma boa atuação.
"No meu ponto de vista, a equipe jogou bem", declarou o atacante Dagoberto. "Tivemos muitas oportunidades. Mas hoje [ontem] podíamos jogar muito que não ia entrar", reforçou o volante Rodrigo Souto.
De fato, o São Paulo teve 20 finalizações na partida. Só que 12 delas foram erradas, duas na trave e seis no gol -todas defendidas pelo goleiro Llontop.
Essas oportunidades, no entanto, só surgiram com mais força no segundo tempo.
Sem Washington, barrado, o time conseguiu poucas conclusões a gol na primeira etapa.
Por isso, voltou com três atacantes após o intervalo. Com Washington, o time ganhou em volume, mas errava o alvo.
O centroavante, por exemplo, perdeu três chances. Fernandinho errou três de quatro conclusões. Marlos, sozinho, mandou uma bola na trave.
A partida tornou-se nervosa. E o São Paulo passou a mandar bolas na área, com até Alex Silva como atacante. Do outro lado, os peruanos não aproveitavam os espaços por falta de qualidade até para dominar e passar a bola na frente.
A torcida tricolor apoiava -e se irritava. A tensão foi até o fim. Aumentou após as duas primeiras cobranças de pênalti, quando o Universitario ficou em vantagem após Rogério errar. Mas o goleiro se redimiu e ajudou a assegurar a vaga.
O Universitario caiu invicto e com a melhor defesa da Libertadores. Sofreu dois gols em oito jogos. Mesmo número do São Paulo, que, porém, só acerta o pé na frente em pênaltis.


Texto Anterior: Tempo quente: Recém-contratada, psicóloga enfrenta dois conflitos
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.