São Paulo, segunda-feira, 05 de junho de 2006

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Palmeiras agora se agarra na folga para reagir

Após sofrer diante do Atlético-PR a 8ª derrota, equipe de Tite concentra esperanças de se organizar durante a parada para a Copa

DA REPORTAGEM LOCAL

A pior das previsões palmeirenses se confirmou ontem em Curitiba. Depois de sofrer sua oitava derrota no Brasileiro-06, desta vez para o Atlético-PR, o Palmeiras fecha as dez primeiras rodadas na zona do rebaixamento e com as esperanças concentradas apenas em uma coisa: a folga de um mês.
O clube do Parque Antarctica se agarra agora na crença de que o período de treinos que fará durante a disputa da Copa do Mundo será o diferencial entre e a reação no campeonato e uma nova queda para a Série B.
"A situação é delicada. Agora vamos pensar nossas férias. Dar uma sacudida e tentar reverter", já dizia o zagueiro Daniel, ainda dentro do gramado da Kyocera Arena, logo após a derrota por 2 a 0 sofrida diante do time paranaense.
Neste mês em que não voltará a campo, o Palmeiras concentrará esforços nos treinos, sobretudo na recuperação física dos jogadores -a má forma do elenco é tida pela comissão técnica como um dos maiores problemas do time.
Para a diretoria, o período será de busca por reforços, já solicitados por Tite. "Eu citei o nome do Gilberto para mostrar o nível de atletas que a gente busca", disse Tite, referindo-se à indicação do lateral-esquerdo reserva da seleção no Mundial.
Ontem, o Palmeiras mostrou mais uma vez que tem muito o que melhorar para sair da zona do rebaixamento a partir de julho, na retomada do Brasileiro.
Tite mexeu na escalação do time, mas as mudanças não foram suficientes para que o time chegasse à sua segunda vitória.
Na defesa, Daniel voltou a ser titular do miolo de zaga. No ataque, o técnico puniu Edmundo por indisciplina e não o levou para Curitiba. Sem o veterano atacante, Tite optou por uma dupla de frente menos móvel, com Enílton e Alex Affonso -que herdou a camisa de Edmundo- , ambos com características de atuarem mais enfiados na área rival. Mas nenhum deles foi capaz de acabar com a seca de gols palmeirense no estádio atleticano -jamais a equipe paulista foi à rede na Arena, inaugurada em 1999.
Mas o martírio do Palmeiras começou mesmo no fim do primeiro tempo, numa cobrança de falta e numa falha de Sérgio.
O meia Fabrício mandou uma bola rasteira na cobrança de uma falta frontal. O goleiro palmeirense não conseguiu segurar o chute e largou a bola, que encontrou o peito de Alan Bahia e voltou para o gol.
A pancada derradeira viria na segunda etapa, aos 32min, num contragolpe que culminou com o gol de Evandro e com a sensação entre os palmeirenses de que agora não resta outra coisa senão esperar e torcer para que o mês de treinos seja suficiente para o time melhorar e ressurgir para não cair outra vez.


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