São Paulo, segunda-feira, 05 de junho de 2006

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Em casa, Santos mantém sina carioca

Time de Luxemburgo empata sem gols contra o Botafogo e não consegue reverter histórico ruim contra equipes do Rio

DA REPORTAGEM LOCAL

O encontro dos atuais campeões dos dois principais Estaduais do Brasil esteve longe de resultar em bom futebol. Apáticos, Santos e Botafogo fizeram uma partida sem gols e sem graça ontem na Vila Belmiro.
Foi o único zero a zero da última rodada do Brasileiro antes da Copa do Mundo. Com ele, o Santos segue na quinta colocação, agora com 18 pontos. O Botafogo saiu da zona de rebaixamento que ocupava até ontem: pulou para 16º, com dez pontos.
Pior para o Santos, que perdeu a chance de somar três pontos no estádio em que não é batido há sete meses e, agora, 18 jogos. O Botafogo pôde até encontrar motivos para sair da Vila Belmiro satisfeito: o time, que vinha de derrota para o Figueirense, não havia conseguido nenhuma vitória como visitante no Brasileiro deste ano.
O alvinegro carioca fez também com que o Santos mantivesse o mau desempenho contra times do Rio desde o título no Brasileiro de 2004, conquistado contra o Vasco. No Nacional, o Santos agora soma 11 jogos e apenas duas vitórias em confrontos com cariocas.
Buscando atingir sua meta de terminar o período pré-Copa do Mundo com 20 pontos, Luxemburgo escalou o atacante Reinaldo desde o início. Recém-recuperado de lesão no joelho, rendeu pouco e não levou perigo ao gol botafoguense.
Inapetentes, os dois times entediaram o público com um primeiro tempo de nenhuma emoção. O Botafogo buscou a iniciativa, mas levou perigo ao gol em apenas duas ocasiões, ambas com o atacante Ruy, que desperdiçou as oportunidades com más finalizações.
Já o Santos sequer chutou a gol na primeira etapa, segundo o Datafolha. Retrato da partida truncada e de muita marcação, os dois times, somados, fizeram 31 faltas em 45 minutos de jogo: 16 do Botafogo, 15 do Santos.
"A partida está difícil. Precisamos de mais rapidez na saída de bola da defesa para o meio-campo", reclamou o atacante Reinaldo ao descer para os vestiários no primeiro tempo.
Luxemburgo ao menos tentou mudar o destino da partida colocando o meia André no lugar do zagueiro Ávalos aos 22 minutos de jogo, trocando o esquema 3-5-2 pelo 4-4-2.
Nada que resultasse em mudanças práticas no segundo tempo. Melhor do que o primeiro, mas longe de empolgar a torcida que, como o técnico santista previu, compareceu em pequeno número à Vila Belmiro. O time de Luxemburgo pressionou e assumiu a ação que na primeira etapa foi do Botafogo. Chegou a finalizar ao gol, principalmente com Rodrigo Tiuí, que começou no banco. Mas, quando conseguiu, parou nas defesas do seguro Lopes.
Nem no fim, quando o mandante chegou a pressionar o alvinegro carioca com três e até quatro atacantes, o placar sofreu alterações.
O Santos volta a jogar no dia 12 de julho, contra o Figueirense, fora de casa; o Botafogo visita o São Caetano no mesmo dia.


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