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HIPISMO
Alteração no regulamento da seletiva fere lei
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
A seletiva de saltos para
o Pan, encerrada anteontem, corre o risco de parar
no tapetão. Apenas César
Almeida conquistou vaga.
Restam dois postos indefinidos no time, que
contará com cinco cavaleiros nos Jogos do Rio.
O ponto de contestação
é o índice técnico estabelecido pela CBH (Confederação Brasileira de Hipismo) em 9 de abril. O cavaleiro que obtivesse mais de
28 pontos perdidos estaria
eliminado. Apenas Almeida ficou abaixo do teto.
A alteração na regra está
irregular, segundo um especialista em direito desportivo ouvido pela reportagem, pois ocorreu 40
dias antes do início da seletiva, em São Paulo, em
19 de maio. Segundo o parágrafo quarto do artigo
nono do Estatuto do Torcedor, "o regulamento definitivo da competição será divulgado (...) 45 dias
antes de seu início".
"Uma vez aprovado o
regulamento, não poderia
haver alteração fora do
prazo [estabelecido na
lei]. O atleta tem os mesmos direitos do torcedor",
disse o advogado Marcílio
Krieger, especialista em
direito desportivo.
O presidente da CBH,
Maurício Manfredi, disse
não conhecer o Estatuto
do Torcedor de cor.
A Folha apurou que cavaleiros que disputaram a
seletiva estão se organizando para contestar o índice no TJD (Tribunal de
Justiça Desportiva) da
confederação.
Após a seletiva, o vice-presidente da CBH, Roberto Souza Leão, disse
que pretende convocar assembléia na entidade para
anular a "nota de corte".
Sem o teto, estariam
classificados o segundo e o
terceiro colocados nas seletivas, Vitor Alves Teixeira e Karina Johannpeter.
Com o índice, os dois
nomes restantes serão escolhidos pela chefe de
equipe, anunciada ontem:
Lúcia Santa Cruz.
Rodrigo Pessoa ainda se
mantém indefinido. Por
divergências em relação às
seletivas, ele não definiu
presença no Pan, apesar
de estar pré-classificado.
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