DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou ontem que o ocorrido envolvendo torcedores corintianos e vascaínos não terá efeito algum sobre a Copa do Mundo de 2014.
""O que aconteceu não afeta [a Copa] em nada. Nada tem a ver com a Copa do Mundo", argumentou Silva Jr. O ministro declarou que não foi procurado por nenhum par preocupado com o fato de a morte poder prejudicar o Mundial no Brasil.
O promotor Paulo de Castilho concordou com a linha de pensamento de Silva Jr. Para ele, ""a Copa do Mundo é um outro tipo de evento, que atrai um outro tipo de público".
O ministro aproveitou a oportunidade para cobrar do Senado agilidade na aprovação da lei que criminaliza atos violentos e de vandalismo cometidos por torcedores de futebol.
""Espero que essa tragédia sirva de fator para reflexão do Senado, para que se vote rapidamente o projeto de lei que tramita lá. Na Câmara dos Deputados foi rápido, 51 dias", declarou Silva Jr. "É importante controlar o acesso [das pessoas aos estádios] para tirar do meio dos torcedores as pessoas que querem atrapalhar o espetáculo do futebol brasileiro".
O projeto de lei, aprovado na Câmara dos Deputados no dia 9 de maio, foi encaminhado ao Senado no dia 12 do mesmo mês. O documento no momento é analisado na Comissão de Cultura e Esporte e, possivelmente, passará pela Comissão de Constituição e Justiça.
A comissão apontou como relator do projeto o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).
Silva Jr. voltou a defender ontem, como ""medida emergencial", que clássicos na capital sejam vistos por uma única torcida -Castilho concorda. ""É uma ideia que provocou polêmica ao ser apresentada", ressaltou o ministro do Esporte.
Distribuída por três das principais agências de notícias do mundo, a informação sobre o enfrentamento seguido de morte em São Paulo chegou a alguns dos sites dos maiores jornais do planeta. O francês "Le Monde", um dos que publicaram a notícia, disse que houve "uma emboscada".


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