São Paulo, quarta-feira, 05 de julho de 2006

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No fim, Itália cala canto incessante de 60 mil vozes

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A DORTMUND

"Nossa torcida levará vocês [jogadores] até a final". Era essa a inscrição da faixa que a torcida alemã abriu nas arquibancadas minutos antes de a partida começar. Se dependesse apenas deles, teria dado certo.
Na guerra pacífica entre os torcedores, os alemães não deram trégua aos italianos.
Ocuparam 90% do estádio de Dortmund. Cantaram do início ao fim -inclusive durante o hino nacional italiano.
E não deram deixa para a agitada torcida do time adversário fazer ouvir sua voz em campo.
O atacante Podolski, mais de uma vez, serviu de maestro e regeu o coro de 60 mil vozes dos alemães. Pedia força à torcida, e a resposta era imediata.
No fim, os alemães não vaiaram os jogadores de seu país. Souberam reconhecer o espírito de luta da equipe, tão destacado pelo treinador Jürgen Klinsmann após o confronto.
Aos italianos, coube gritar canções emudecidas ao longo do jogo inteiro para, no segundo gol da Itália, conseguir enfim calar os alemães.
Bandeiras da Itália traziam escritos os nomes de várias cidades do país: Milão, Palermo, Veneza, Bolonha.
Em algumas, lia-se a palavra "parasitas" -referência irônica à reportagem da revista alemã "Der Spiegel", que chamou os italianos de povo parasita.
Mas, após o jogo, todas as atenções se voltavam para a única faixa que restava no meio dos italianos: "Conquistamos Berlim [palco da final]".
Em Roma, era exatamente essa a sensação. Aos gritos de "Força, Azzurra", os torcedores fanáticos ocuparam, a pé e de carro, as principais ruas da capital italiana. (UM e GR)


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