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No fim, Itália cala canto incessante de 60 mil vozes
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A DORTMUND
"Nossa torcida levará vocês
[jogadores] até a final". Era essa
a inscrição da faixa que a torcida alemã abriu nas arquibancadas minutos antes de a partida
começar. Se dependesse apenas deles, teria dado certo.
Na guerra pacífica entre os
torcedores, os alemães não deram trégua aos italianos.
Ocuparam 90% do estádio de
Dortmund. Cantaram do início
ao fim -inclusive durante o hino nacional italiano.
E não deram deixa para a agitada torcida do time adversário
fazer ouvir sua voz em campo.
O atacante Podolski, mais de
uma vez, serviu de maestro e
regeu o coro de 60 mil vozes
dos alemães. Pedia força à torcida, e a resposta era imediata.
No fim, os alemães não vaiaram os jogadores de seu país.
Souberam reconhecer o espírito de luta da equipe, tão destacado pelo treinador Jürgen
Klinsmann após o confronto.
Aos italianos, coube gritar
canções emudecidas ao longo
do jogo inteiro para, no segundo gol da Itália, conseguir enfim calar os alemães.
Bandeiras da Itália traziam
escritos os nomes de várias cidades do país: Milão, Palermo,
Veneza, Bolonha.
Em algumas, lia-se a palavra
"parasitas" -referência irônica
à reportagem da revista alemã
"Der Spiegel", que chamou os
italianos de povo parasita.
Mas, após o jogo, todas as
atenções se voltavam para a
única faixa que restava no meio
dos italianos: "Conquistamos
Berlim [palco da final]".
Em Roma, era exatamente
essa a sensação. Aos gritos de
"Força, Azzurra", os torcedores
fanáticos ocuparam, a pé e de
carro, as principais ruas da capital italiana.
(UM e GR)
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