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Escuta revelou oferta de carro a dirigente
DA REPORTAGEM LOCAL
O maior escândalo do futebol italiano dos últimos anos
veio a público após a divulgação de conversas entre o ex-diretor-executivo da Juventus, Luciano Moggi, com o
ex-juiz Pierluigi Pairetto,
que era o encarregado de escalar trios de arbitragem no
Campeonato Italiano.
Em uma das conversas, o
cartola, que renunciou logo
após a equipe de Turim conquistar o título da temporada
2005/ 2006, ofereceu um
carro de luxo para Pairetto.
A divulgação das conversas entre eles foi o estopim
para uma série de demissões
em massa. Toda a cúpula da
Juventus renunciou, bem
como Franco Carrara, que
presidia a federação local.
Com o prosseguimento
das investigações, surgiram
provas de que dirigentes de
Milan, Lazio e Fiorentina
também tentavam influenciar no resultado das partidas, segundo os promotores
encarregados da "Operação
Pés Limpos", como foi batizada a iniciativa contra a corrupção no futebol -em alusão à "Operação Mãos Limpas", que lutou contra a máfia italiana nos anos 80 e 90.
Durante as investigações,
até jogadores da seleção, como o goleiro titular Buffon,
foram acusados de corrupção. Mas nenhum atleta está
sendo acionado na Justiça
Desportiva -nas esferas civil
e criminal, as investigações
continuam.
Contudo, os italianos tiveram um "desfalque" na Copa
em razão do escândalo. O
juiz Massimo De Santis, que
era o indicado pela Federação Italiana para o Mundial,
foi retirado da lista após seu
nome surgir como um dos
envolvidos no esquema.
Durante o torneio, o ex-lateral Pessotto, que ocupava
um cargo na Juventus, caiu
pela janela e foi internado
em estado grave. De acordo
com a polícia, o ex-atleta
-que foi homenageado pelo
elenco italiano na Copa-
tentou o suicídio.0
(LF)
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