São Paulo, quarta-feira, 05 de julho de 2006

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Escuta revelou oferta de carro a dirigente

DA REPORTAGEM LOCAL

O maior escândalo do futebol italiano dos últimos anos veio a público após a divulgação de conversas entre o ex-diretor-executivo da Juventus, Luciano Moggi, com o ex-juiz Pierluigi Pairetto, que era o encarregado de escalar trios de arbitragem no Campeonato Italiano.
Em uma das conversas, o cartola, que renunciou logo após a equipe de Turim conquistar o título da temporada 2005/ 2006, ofereceu um carro de luxo para Pairetto.
A divulgação das conversas entre eles foi o estopim para uma série de demissões em massa. Toda a cúpula da Juventus renunciou, bem como Franco Carrara, que presidia a federação local.
Com o prosseguimento das investigações, surgiram provas de que dirigentes de Milan, Lazio e Fiorentina também tentavam influenciar no resultado das partidas, segundo os promotores encarregados da "Operação Pés Limpos", como foi batizada a iniciativa contra a corrupção no futebol -em alusão à "Operação Mãos Limpas", que lutou contra a máfia italiana nos anos 80 e 90.
Durante as investigações, até jogadores da seleção, como o goleiro titular Buffon, foram acusados de corrupção. Mas nenhum atleta está sendo acionado na Justiça Desportiva -nas esferas civil e criminal, as investigações continuam.
Contudo, os italianos tiveram um "desfalque" na Copa em razão do escândalo. O juiz Massimo De Santis, que era o indicado pela Federação Italiana para o Mundial, foi retirado da lista após seu nome surgir como um dos envolvidos no esquema.
Durante o torneio, o ex-lateral Pessotto, que ocupava um cargo na Juventus, caiu pela janela e foi internado em estado grave. De acordo com a polícia, o ex-atleta -que foi homenageado pelo elenco italiano na Copa- tentou o suicídio.0 (LF)


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