São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2008

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Painel FC

RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br

Mar agitado

O facão que o Santos começou a passar nas remunerações mais altas pagas pelo clube deixou Marcelo Teixeira sob fogo cruzado de conselheiros dos dois lados e até de alguns dirigentes. A maioria quer explicações sobre a assinatura de contratos milionários, como o de Fabão (R$ 300 mil mensais) em tempos de crise. O que mais chama a atenção, porém, são altos valores de luvas e outras parcelas. A redução aceita por Cuevas foi nas luvas. Conselheiros querem saber se empresários ganharam comissões nesses negócios.

Camarão. Os santistas mais esquentados querem a cabeça de Ilton José da Costa, responsável por negociar com os atletas. Mas não perdoam o presidente por avalizar os acordos feitos pelo gerente, que é agente Fifa e diz estar licenciado para atuar no clube.

Calmaria. Alberto Francisco de Oliveira Jr., o Alemão, assessor do presidente santista, tem fé que a situação do time irá melhorar com um reforço de peso. Não demora, diz ele, e algum agente se lembra do clube, desembarcando na Vila Belmiro com um bom jogador de volta do exterior.

Salada russa. A oposição corintiana ficou de orelha em pé ao ouvir que o clube quer contratar de novo o volante Xavier, que joga no Maccabi Haifa, de Israel. Motivo: o israelense Pini Zahavi, íntimo da MSI, tem livre trânsito no clube de seu país.

Rádio peão. Já chegou aos ouvidos do atacante Aloísio que a cúpula do São Paulo anda descontente com ele. Por isso, chamou Muricy Ramalho para uma conversa.

Bambeou. Cartola são-paulino avalia que Aloísio tem dificuldade para lidar com pressão. E com a obrigação de ser artilheiro do time.

Canoa... Num torneio de remo para festejar a era Roberto Dinamite no Vasco foi exibida faixa de empresa da família do vice de marketing, José Henrique Coelho, como patrocinadora da modalidade.

...furada. Coelho afirma que a Cavacas, que vende material esportivo e é controlada por seu irmão, Paulo Henrique, só doou taças e medalhas para o torneio, mas não fez contrato de patrocínio. "E não há hipótese de ela fazer negócios com o Vasco", diz o vice.

Escuridão. Soou estranho para conselheiros do Palmeiras Marco Polo Del Nero dizer à TV Gazeta não saber de adiantamentos da Ingresso Fácil a clubes. O alviverde negociou com a empresa e registrou no balanço, que deveria ser lido pelo presidente da federação, conselheiro do clube.

Bomba-relógio. Às vésperas da Olimpíada, o setor de comunicação do Ministério do Esporte preocupa-se em blindar o secretário de alto rendimento, Djan Madruga. Teme entrevistas polêmicas. Mas na China, repleta de jornalistas, é difícil controlá-lo.

Alvo certo. O temor maior é que Madruga volte a estipular metas para os brasileiros e critique quem fracassar.

Dividida

"O Vasco passou por uma privatização familiar, e os direitos dos sócios e dos torcedores foram deixados de lado"
De JOSÉ HAMILTON MANDARINO DE MELLO , vice vascaíno, sobre a gestão de Eurico Miranda



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