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"Big brother" da Copa-14 faz pressão
Câmeras fiscalizadoras de obras do torneio seriam instrumento político
DO RIO
O diretor técnico do Clube
de Engenharia do Rio, Abílio
Borges, afirmou que o ""big
brother" que o COL (Comitê
Organizador Local da Copa-14) anunciou que vai montar
nas obras nos 12 estádios envolvidos no Mundial "é interessante para fazer pressão
política" nos responsáveis
pelas construções.
O comitê brasileiro promete instalar câmeras de vídeo
nos canteiros até outubro,
para poder acompanhar diariamente a evolução das
obras nas arenas do torneio.
Segundo o presidente da
CBF e do COL, Ricardo Teixeira, as imagens serão geradas
para a sede da entidade no
Rio e poderão ser vistas também por funcionários da Fifa, governantes e pelos comitês das 12 cidades-sedes.
O dirigente não descarta a
possibilidade de disponibilizar as imagens captadas
num site com livre acesso.
"Acho interessante colocar essas câmeras. Vai botar
pressão nos governantes e
servirá como um instrumento político", disse o diretor do
Clube de Engenharia do Rio.
As obras de todas as arenas estão atrasadas. Apenas
seis já tiveram início.
O Maracanã, que vai abrigar a final do torneio de 2014,
ainda não tem data definida
para o início das obras.
A secretário estadual de
Esporte, Marcia Lins, admitiu que o estádio poderá ficar
aberto até o final do ano por
causa da demora na conclusão da licitação.
Já São Paulo, que deve receber a abertura da Copa,
ainda não teve nem o seu estádio para o torneio definido.
Apesar de elogiar a iniciativa do comitê organizador, o
diretor do Clube de Engenharia acredita que a entidade
também terá que exigir a publicação do cumprimento do
cronograma das obras e realizar vistorias técnicas periódicas nos canteiros.
"As câmeras são interessantes, mas não basta. Eles
terão que exigir o andamento
do cronograma e acesso dos
seus técnicos nos locais das
obras. A visita técnica é insuperável", disse Borges.
De acordo com o COL, os
comitês das cidades-sedes
terão de dispor, em cada estádio, de um escritório com
engenheiro ou arquiteto,
uma central de recepção de
imagens, uma sala de vídeo e
teleconferência, além de vários equipamentos, como rádio, laptop e impressora.
A estimativa feita pelo comitê organizador é de que a
construção de estádios com
capacidade para 65 mil torcedores demore 30 meses.
Pelo menos quatro arenas
precisarão estar prontas até
dezembro de 2012, prazo estabelecido pela Fifa para definir quais as cidades que receberão a Copa das Confederações, que ocorre em 2013.
O torneio é usado pela Fifa
como teste para a Copa do
Mundo no ano seguinte.
Ontem, funcionários do
COL apresentaram em Zurique, na Suíça, um relatório
sobre o próximo Mundial aos
dirigentes da Fifa.
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