São Paulo, sexta-feira, 05 de agosto de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Moss, risco e coragem de matar uma dúvida

E SE aquela grande história nunca tivesse acontecido? E se eles não tivessem tentado? E se não tivessem preferido o risco de experimentar ao tormento de nunca saber o que poderia ter sido?
Quantas conquistas não existiriam, quantos achados ficariam sob o chão, quantos "sempres" teriam sido sufocados? Quantos sorrisos, engolidos? E quantas dúvidas ficariam no ar?
Há 50 anos, um dos maiores pilotos de todos os tempos resolveu tentar. Moss não tinha mais nada para provar, fazia sua derradeira temporada na F-1, mas não se conformava com duas situações: 1) nunca ter vencido no mítico Nurburgring e 2) não arriscar.
Mais: era um GP histórico, o centésimo da categoria. E, pilotando uma Lotus da equipe Rob Walker, amargava um fase incômoda: não pontuava havia três provas e nas quatro anteriores a rival Ferrari tinha vencido.
Terceiro no grid, viveu, como todos os outros pilotos, um dilema antes da largada. A pista estava molhada, mas tudo indicava que secaria ao longo das 15 voltas. A recomendação da Dunlop era clara: pneus de seco.
Moss sabia que, se não tentasse algo diferente, suas chances seriam mínimas. E lembrou que aquela seria sua última vez no Ring.
Arriscou. Pôs pneus de chuva atrás, pneus de seco na frente. Nos primeiros metros, passou Hill (o Phil) e viu Brabham escapar da pista, sem aderência nenhuma. Líder, abriu vantagem para os que preferiram a obviedade e tratou de buscar as poças para agradar a seus pneus traseiros.
Naquele 6 de agosto, conquistou sua última vitória na F-1. Cruzou a linha de chegada com 21s4 sobre Von Trips. O alemão morreria cinco semanas depois, em Monza. Conta a lenda, corria indignado por 1) ter perdido em casa e 2) não ter tentado. Moss tentou. Venceu. Não vive na dúvida.
Até hoje sorri.

F-1
MERCADO
Férias para a F-1, mas a expectativa é que alguns contratos se resolvam nas próximas três semanas. Palpites do colunista: Rubens Barrichello e Mark Webber renovam por mais uma temporada com Williams e Red Bull, respectivamente, e Bruno Senna acerta com a Renault para correr o resto do campeonato. Mas nem sempre os chefes de equipe seguem a lógica...

STOCK CAR
SALTIMBANCO
"Eu já tinha ouvido falar deste campeonato, já tinha lido em revistas que ele está ficando cada vez maior, então fiquei empolgado quando recebi o convite." Este, um diplomático Jacques Villeneuve, foi convidado para a Corrida do Milhão, sétima etapa da Stock Car. O campeão da F-1 em 1997, quem diria, não consegue se firmar em nenhuma categoria e virou um saltimbanco.


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