São Paulo, quinta-feira, 05 de setembro de 2002

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PAINEL FC

Mais um
Depois dos clubes do Rio, agora é a vez de o Santos romper com Eduardo José Farah. O clube do litoral não concorda com o fato de a Federação Paulista ter usado o dinheiro que o clube deve à entidade como instrumento de pressão no embate contra a CBF sobre o calendário.

Palavras ao vento
Ao contrário do que havia combinado com Marcelo Teixeira, Farah cobrou 100% da cota de TV que o clube ganharia no Brasileiro. Pelo acordo, o Santos amortizaria a dívida com 50% do valor. Na reunião do Clube dos 13, o santista se absteve, e Farah acabou derrotado.

Sem juiz
Não é apenas com a ameaça de expulsão do Campeonato Brasileiro que Ricardo Teixeira pretende acabar com o motim de clubes contrários ao calendário. O presidente da CBF já avisou que simplesmente não enviará árbitros para competições não reconhecidas pela entidade.

Até o fim
Carlos Alberto Oliveira (PE) disse que não aceitará jogar um Estadual com 12 datas e diz que vai até o fim na disputa com a CBF -ameaça inclusive ir à Justiça contra o novo calendário.

Sem samba
Até as federações aliadas de Teixeira acham insuficiente 12 datas para a disputa dos Estaduais. Algumas delas estudam fórmulas alternativas para ampliar os campeonatos, como realizar jogos durante o Carnaval, período que não chocaria com a disputa da Copa do Brasil.

Em casa
Romário já sugeriu a Renato Gaúcho e deve ser atendido. O Flu pretende acabar com a concentração quando joga no Rio. Ela só seria mantida para as partidas fora do Estado.

A velha rivalidade
Antes de ser decidida a contratação de Renato Gaúcho, Romário indicara Joel Santana para a diretoria. Mas os conselheiros vetaram. Não perdoam o técnico do Vitória por ter trocado as Laranjeiras pela Gávea em 1995.

Na conta
Ricardo Teixeira diz que a CBF já pagou US$ 91.534 aos atletas e integrantes da comissão técnica que participaram da Copa-2002. A entidade alega que só não quitou o valor referente à decisão do Mundial, que completaria os cerca de US$ 150 mil que cada um receberá pelo penta.

Mordida do leão
Teixeira afirma que a última parcela só será depositada depois que ele for à Fifa para reunião do Comitê Executivo, em 22 de setembro. Segundo ele, a CBF tem ainda que calcular os descontos de impostos para integralizar o prêmio.

Apoio palaciano
O secretário-executivo do Ministério do Esporte e Turismo, José Luiz Portella, teve ontem encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Quis mostrar suas propostas para o futebol e pediu apoio à "MP da moralização", que só será votada após as eleições.

Sem terceiros
O deputado Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ), relator da MP39, alterou a proposta enviada pelo governo ao Congresso. Pelo seu texto, os clubes estão impedidos de terceirizar o departamento de futebol. Agora, eles têm duas escolhas: ou vira empresa, ou constitui uma como único sócio.

Milagre
Foi só Levir Culpi assumir o Palmeiras para o departamento médico esvaziar. Antes no estaleiro, Zinho, Muñoz, Leonardo, César e Lopes foram liberados. A confusão na área médica foi um dos motivos para Sebastião Lapola pedir demissão, não aceita por Mustafá Contursi.

Quem dá menos
Descontente na Europa, o meia Alex tem se oferecido para voltar ao futebol paulista. Já entrou em contato com Corinthians e São Paulo. Por enquanto, recebeu um não como resposta. Ou melhor, dois.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br
DIVIDIDA

De Emídio Perondi, presidente da Federação Gaúcha, sobre seu colega paulista, contrário ao novo calendário da CBF:
- O Farah é muito egoísta. Ele quer as coisas só para ele. Tem que entender que os outros também precisam viver. Ele, que quer ser presidente da CBF, teria muito mais força se sentasse para conversar.

CONTRA-ATAQUE

As guerras do paraguaio

O roliço goleiro Chilavert, 37, sempre arruma motivos históricos ou geográficos para acirrar rivalidades por onde passa.
Quando defendia o portenho Vélez Sarsfield, ele vivia falando que os argentinos o menosprezavam como faziam com seus conterrâneos paraguaios.
Quando estava na meta de sua seleção e o rival era o Brasil, lembrava sempre nas entrevistas a Guerra do Paraguai (1865-1870), da qual seu país saiu destroçado.
Quando o rival era a Espanha (as duas equipes se enfrentaram nas duas últimas Copas), Chilavert comentava sobre a colonização ibérica, mas também citava o preconceito dos atuais espanhóis contra os imigrantes sul-americanos (os ""sudacas").
Agora, saindo do Strasbourg, acusa o presidente da equipe francesa, Patrick Proisy, de lhe dever dinheiro e aproveita para incitar a rivalidade entre parisienses e alsacianos (naturais da fronteira com a Alemanha):
- Os alsacianos são gente honesta e trabalhadora. Infelizmente, eles têm à frente de seu clube alguém que não é daqui e trabalha em escritórios de Paris.


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