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análise
No Brasil, à frente dele, só Eder Jofre
DA REPORTAGEM LOCAL
No Brasil, e à frente de Popó, somente Eder Jofre.
Por quê? Eder foi campeão
em uma época na qual não
havia tantos cinturões
""mundiais" (hoje há quatro
versões principais) e sem
tantas categorias de peso.
O único a ter superado
Eder, campeão dos galos e
penas na década de 70, foi o
japonês Fighting Harada, no
Japão, por pontos duas vezes. O resultado da primeira
luta, pelo título dos galos, foi
bastante contestado. Aposentou-se em 67, voltou dois
anos depois e, aos 37, foi
campeão pena. Pendurou as
luvas em 76, com um cartel
impressionante de 72 vitórias (50 nocautes), 2 derrotas
e 4 empates, eleito para o
Hall da Fama. A ""The Ring"
freqüentemente o incluía em
sua lista dos dez melhores.
Popó beneficiou-se pelo
fato de ter à sua disposição
quatro versões distintas de
títulos e pela proximidade de
um ex-membro de seu time,
o mexicano Ricardo Maldonado, do presidente da OMB
-a última das quatro a ser
criada-, o porto-riquenho
Francisco ""Paco" Valcarcel.
Assim, em números, Popó
bate Eder. Tem na estante de
troféus os cinturões dos superpenas da OMB, da AMB e
dois dos leves da OMB, além
do título de supercampeão
da OMB (por ter defendido o
título por dez vezes).
Porém Popó unificou somente uma vez. Ao bater o
cubano Joel Casamayor em
2002, passou a ser considerado pelos especialistas o
melhor em sua categoria e
ganhou o respeito da comunidade pugilística. Mas entre
os leves ele nunca foi considerado ""o" nome na categoria, apesar de ter obtido o
cinturão em duas ocasiões.
Mesmo tendo sido campeão também em uma época
com menos títulos e categorias, nos anos 70, o médio-ligeiro Miguel de Oliveira teve
estada efêmera no topo. Empatou e perdeu para Koichi
Wajima pelo título dos médios-ligeiros de CMB e AMB.
Ganhou o cinturão do CMB
na terceira tentativa, em 75,
e perdeu na primeira defesa.
Valdemir Pereira, o Sertão,
ganhou o título pena no início deste ano, mas perdeu em
sua primeira defesa para Eric
""Super Mouse" Aiken.
""Não sei se estou acima ou
abaixo, estou junto deles",
disse Popó ontem, ao ser
questionado onde se colocaria no grupo de quatro campeões mundiais brasileiros.
O campeão indiscutível de
popularidade foi o pesado
Adilson Rodrigues, o Maguila, mas que em habilidade ficou a anos-luz de Popó.
Servílio de Oliveira trouxe
do México-68 na bagagem a
medalha olímpica de bronze,
mas teve a carreira profissional interrompida por um
descolamento de retina.0
(EO)
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