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Copa de 2014 entra na campanha pelas urnas
Candidatos invocam Lula, ministros e cartolas como trunfos de suas cidades
Na busca por votos no pleito de hoje, concorrentes a cargos municipais fazem
da competição um farto manancial para promessas
Eduardo Martins/Agência A Tarde/Folha Imagem
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Vista da Fonte Nova, interditada há quase um ano, mas ainda com o buraco por onde torcedores caíram para a morte, e que está nos planos de candidatos a prefeitos de Salvador para a Copa-2014
EDUARDO OHATA
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Vale a ligação com o presidente Lula, com ministros ou
com cartolas. Na busca por votos na eleição municipal de hoje, candidatos dos mais variados partidos apelam aos seus
contatos para pôr a Copa-2014
como chamariz de eleitores.
Alçada a tema de campanha,
com direito até a capítulos inteiros em alguns programas de
governo, a competição, que
acontece só daqui a quase seis
anos, e que terá 10 ou 12 cidades-sede, virou um baú de promessas, que muitas vezes tem
como fiador alguém importante que os candidatos dizem ser
velhos e grandes aliados.
Quem é petista, como o presidente Lula, de um partido
com ministro no governo federal ou aliado de um governador
diz que a proximidade com esferas acima do poder municipal
será decisiva para confirmar
suas cidades como sede, em escolha que a Fifa fará no ano que
vem, ou garantir recursos para
grandes obras. Alguns, não tão
próximos do governo Lula,
lembram dos cartolas da bola.
É o caso do peemedebista
Eduardo Paes, o líder das pesquisas no Rio e que já foi funcionário da CBF.
"Não vejo relação direta, tinha 18 anos quando fui estagiário lá. Mas tenho um bom relacionamento com o Ricardo
(Teixeira, o presidente da
CBF), o que ajuda", diz o candidato sobre o fato de seu antigo
emprego ser uma vantagem para o Rio na Copa-2014.
No Sul do país, mulheres que
buscam as prefeituras são as
que mais colocam a Copa de
2014 como prioridade. E sem
esquecer padrinhos fortes.
Em Porto Alegre, Manuela
D'Ávila (PC do B) não hesita ao
responder se o fato de ser colega de partido do ministro do
Esporte é um fator positivo para Porto Alegre na Copa, caso
ela seja eleita. "Sem dúvida. O
ministro Orlando [Silva Jr.] é
nosso parceiro desde o início
desse processo", argumentou
Manuela, que tem como maior
adversária na busca por um lugar no segundo turno a petista
Maria do Rosário, outra que colocou o segundo Mundial no
Brasil como prioridade.
Em seu programa de governo, ela diz que que o governo federal planeja gastar R$ 1,2 bilhão em transporte em Porto
Alegre para a Copa. Mas diz que
isso só vai acontecer se "a prefeitura apresentar os projetos
de forma adequada". Em entrevista para uma emissora de TV
do Rio Grande do Sul, a petista,
ao falar sobre a Copa, afirmou
que, "com o Lula na presidência, estaremos integrados".
O ministro Silva Jr. foi ao horário eleitoral para defender
Ângela Albino, candidata do PC
do B à prefeitura de Florianópolis. Disse que ela seria "o diferencial para que tudo isso [a
Copa na cidade] aconteça".
Em Curitiba, a petista Gleisi
Hoffmann diz que o atual prefeito, o tucano Beto Richa, candidato à reeleição, não foi capaz
de fazer uma parceria com o governo federal para viabilizar a
construção do metrô na cidade,
o que, segundo ela, pode tirar a
capital paranaense da Copa.
Na capital do Amazonas, um
outro ministro do governo Lula
é invocado na campanha municipal como trunfo por 2014.
Omar Aziz (PMN), o candidato vice-líder nas pesquisas,
diz que a proximidade com Alfredo Nascimento, ministro
dos Transportes e um dos padrinhos de sua candidatura, será chave para que Manaus receba obras, como um metrô de
superfície, para a Copa de 2014.
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