São Paulo, segunda-feira, 05 de outubro de 2009

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Barrichello já para de "fazer contas"

No GP do Japão, vencido por Vettel, brasileiro fica em 7º e desconta só um ponto de Button, que está a um pódio do título

Piloto inglês da Brawn pode ser campeão já no GP Brasil mesmo sem pontuar, caso seu companheiro chegue no máximo em quinto lugar

Toru Yamanaka/France Presse
Sebastian Vettel festeja vitória no GP do Japão
que lhe mantém com chances de buscar o título


TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SUZUKA

Jenson Button precisava fazer cinco pontos a mais que Rubens Barrichello para ficar com o título do Mundial de F-1 no Japão, com duas corridas de antecedência. Não conseguiu.
Mas como seu companheiro de Brawn GP diminuiu em apenas um ponto a diferença que os separa na tabela -agora são 14-, a situação se inverteu. Agora é Barrichello que, daqui a duas semanas, no GP Brasil, precisa de cinco pontos para manter-se na luta pelo campeonato, que acaba em 1º de novembro, em Abu Dhabi.
Mas não foi só. Com a vitória de ponta a ponta de Sebastian Vettel, viu ainda o alemão da Red Bull encostar na classificação. Terceiro na tabela, Vettel agora somo 69 pontos contra 71 do brasileiro -Button tem 85.
"Vou para Interlagos como sempre fui, na busca de tentar o máximo possível de pontos e sem fazer contas", disse o brasileiro, que completou o GP do Japão na sétima colocação.
Se a vantagem de Button já era confortável antes da corrida de ontem em Suzuka, agora é ainda melhor. Com 20 pontos ainda em disputa, se o inglês chegar ao pódio, independentemente da posição de seu parceiro, já ficará com o título.
Ainda que não pontue, ele pode deixar São Paulo como campeão. Para isso Barrichello precisa ser no máximo quinto.
"Tudo que eu tinha a fazer hoje [ontem] depois da classificação confusa que tivemos era marcar pontos. E foi isso que fiz", afirmou Button, que completou a prova em oitavo. "Quando você começa em décimo no grid nunca vai ser uma prova fácil, mas meu ritmo de corrida esteve sempre bom e fiquei satisfeito com o carro."
Depois de um treino classificatório movimentado, que foi interrompido três vezes por causa de acidentes e no qual oito carros foram punidos, o grid de largada da 15ª etapa do Mundial só foi divulgado pela FIA quatro horas antes da largada.
Barrichello e Button, que não desaceleraram sob bandeira amarela, estavam entre os penalizados. Classificados em quinto e sétimo, respectivamente, largaram em sexto e décimo depois da aplicação de todas as punições necessárias.
Na frente, o pole Vettel manteve-se na ponta, seguido por Jarno Trulli, da Toyota, e Lewis Hamilton, da McLaren, que também permaneceram nos lugares em que largariam.
Barrichello segurou a sexta colocação e Button caiu para 11º, mas na terceira volta já era novamente o décimo colocado.
No 12º giro, Adrian Sutil e Heikki Kovalainen se tocaram e o inglês ganhou duas colocações. Atrás de Kimi Raikkonen, Barrichello não conseguia se aproximar muito do ferrarista.
Depois da primeira janela de paradas as posições mantiveram-se as mesmas. Com pneus duros, o carro de Barrichello não rendia bem e Button se aproximou. Depois do segundo pit stop, o brasileiro voltou à pista em sétimo, pouco à frente do parceiro de equipe.
Quando a corrida parecia se encaminhar para o final sem mais nenhuma emoção, um acidente com Jaime Alguersuari forçou a entrada do safety car. Com isso, Vettel perdeu seus 16s de folga para Trulli e Button colou em Barrichello.
A relargada aconteceu quatro voltas depois, mas com apenas outras quatro para a bandeirada, as colocações permaneceram inalteradas até o fim.
"Nosso ritmo não foi bom, o meu e o do Jenson, apesar de ele estar um pouco mais feliz com o carro", disse Barrichello. "Saio feliz pelo fato de ter tirado do carro tudo o que dava. Vou para casa com tudo e tenho que lutar até o final."


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