Entidade alega interferência do governo, e seleção pode perder jogo oficial no domingo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Fifa suspendeu ontem a Federação de Futebol da Nigéria alegando interferência do governo. A medida coloca em risco a participação do país na Copa da África.
A Nigéria tem partida contra Guiné marcada para o próximo domingo pelas eliminatórias da competição.
A Fifa divulgou que a suspensão, de efeito imediato, só será retirada até que a direção da federação local consiga trabalhar sem nenhuma interferência -enquanto isso, nenhuma equipe do país está autorizada a participar de torneio "regional, continental ou internacional".
A entidade que rege o futebol mundial argumenta que o governo utilizou ações na Justiça para evitar que os dirigentes da federação possam executar seu trabalho.
Quatro dirigentes da federação nigeriana foram cassados, acusados de corrupção.
Sani Lulu (ex-presidente), Amanze Ugbulam (ex-vice- -presidente), Taiwo Ogunjobi (ex-membro do comitê técnico) e Bolaji Ojo-Oba (ex-secretário-geral) são acusados de desviar mais de US$ 6 milhões (R$ 10 milhões).
Eles teriam superfaturado a compra de ônibus para a seleção. Outra irregularidade seria a apresentação de pagamento de US$ 800 mil (R$ 1,35 milhão) para 220 delegados para a Copa do Mundo, sendo que apenas 47 eram dirigentes da federação.
A Fifa também condena o fato de a liga local ter começado sem considerar os times que sofreram rebaixamento na temporada passada.
Em julho, a Fifa já tinha ameaçado suspender a Nigéria pelo mesmo motivo.
Naquela ocasião, o presidente do país, Goodluck Jonathan, havia decidido que seleção nigeriana não iria disputar competições internacionais por dois anos.
Jonathan havia tomado a decisão após a fraca performance na Copa da África do Sul -a Nigéria terminou em 27º lugar, entre 32 países.
A Fifa deu um prazo para que a proibição fosse suspensa e foi atendida.


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