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São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2003

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VÔLEI

Equipe masculina, que atuou com o elenco da gaúcha Ulbra, derrota Suzano fora de casa e fecha o mata-mata final

Parceria dá ao São Paulo seu 1º Paulista

Rubens Chiri/Perspectiva
Jogadores do São Paulo comemoram ontem a conquista do Paulista masculino de vôlei, o primeiro na história do clube do Morumbi


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Fora de casa, o São Paulo obteve ontem seu primeiro título do Paulista masculino. A equipe do técnico Marcelo Fronckowiak venceu o Suzano por 3 sets a 2 (22/25, 25/20, 22/25, 25/22 e 15/9), no ginásio Paulo Portela. Com a vitória, fechou o mata-mata em 2 a 0 e se tornou o primeiro clube a ganhar o torneio com a base de um time de fora do Estado, a Ulbra.
Se a conquista é inédita para o time do Morumbi, para a Ulbra o resultado é ainda mais expressivo. O time gaúcho, atual campeão da Superliga masculina, disputou o Paulista graças a uma parceria com o São Paulo. "O São Paulo nos cedeu a estrutura necessária para a equipe conquistar este título", agradeceu Fronckowiak.
Após ter perdido o primeiro jogo por 3 a 0, o Suzano deu mais trabalho ontem. No primeiro set, apesar de alguns erros de saque e de ataque, o time do técnico Ricardo Navajas não deixou o São Paulo disparar no marcador.
O time da casa conseguiu abrir uma pequena vantagem apenas no final do primeiro set (24 a 21). Um ataque do meio-de-rede Ney definiu o set para o Suzano.
Sem conseguir um bom aproveitamento de seus titulares, Fronckowiak começou a revezar os jogadores na quadra no set seguinte. A estratégia deu certo. O Suzano cometeu seguidos erros de ataque, com o meio Ney e o ponta Murilo. Um saque errado do oposto Bruno empatou o jogo.
Mais concentrado, o Suzano voltou a comandar o marcador no set seguinte. A falta de experiência dos reservas do São Paulo pesou. Bruno se redimiu do set anterior e, em um ataque bloqueado para fora, colocou o time da casa novamente na frente.
Com o jogo nas mãos, o Suzano voltou a errar, principalmente no ataque. Murilo também chegou a reclamar de algumas bolas duvidosas. As falhas do rival facilitaram a tarefa do São Paulo.
O time da capital abriu uma vantagem de 19 a 15. A partir daí, só administrou o placar para empatar a partida de novo, levando o duelo para o quinto set, o qual dominou. "Começamos mal o tie-break", lamentou o ponta Ezinho, do Suzano. "Poderíamos ter jogado mais", acrescentou Murilo.
O quinto set, de fato, foi o mais fácil para o campeão. O São Paulo acertou seu bloqueio, dificultando o trabalho do ataque do Suzano, que já não havia funcionado com eficiência durante a disputa.
E foi com um bloqueio que o São Paulo fechou o jogo. "Provamos que um time não são os seis que entram em quadra, mas os 12 do elenco. Não estava bem, fui para o banco, e a equipe venceu", declarou o oposto Gílson, 35, o mais experiente do time.
Fronckowiak festejou o título do Paulista. Novato, o treinador já fora campeão da Superliga masculina neste ano. "Perdemos jogadores experientes, como o Marcelo Negrão, e o nosso grupo precisava afirmar revelações."
O técnico foi cumprimentado por Navajas, oito vezes campeão paulista pelo Suzano e que não costuma ser muito efusivo nas derrotas, e agradeceu: "Obrigado, você é um vencedor".


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