DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians corre o risco de terminar o Brasileiro-03 com uma série de marcas negativas. Mesmo assim, a principal preocupação do técnico Juninho e dos jogadores já é com a próxima temporada.
Tanto é que o planejamento para 2004 tomou parte do tempo do treinador e de sua comissão na véspera do jogo de hoje, às 21h40, contra o Coritiba, no Paraná
Juninho se reuniu com o diretor técnico Roberto Rivellino para começar a discutir seu novo contrato. O treinador ganha R$ 6.000 mensais e terá um reajuste. Outro encontro irá acontecer para acertar o valor. O compromisso valerá até o final de 2004.
Ainda hoje, Juninho voltará a pensar no ano que vem. Com seus auxiliares, ele começará a planejar a pré-temporada. "Nos juniores, isso não existia, por isso preciso aprender como se faz. Não sei, por exemplo, quando os atletas voltam das férias", disse.
Ao mesmo tempo em que armava o time para pegar o Coritiba, Juninho se preocupava também em preparar uma lista de reforços para entregar a Rivellino.
"Estou analisando vários nomes e ouvindo conselhos de amigos sobre jogadores", afirmou. As prioridades são um atacante e um meia. O técnico não poderá trazer jogadores que atuam fora do país.
Rivellino vetou essas contratações. Para ele, os atletas que estão no Brasil têm "mais vontade de aparecer". Neste ano, o clube não teve sucesso com os "repatriados" Robert, André Luiz e Jamelli.
Em meio a tantos cuidados com 2004, os atletas parecem não temer novos feitos negativos. Eles falam mais em "mostrar serviço" para ficar no próximo ano do que em evitar a marca de quatro derrotas seguidas, por exemplo.
Os corintianos já perderam três vezes consecutivas, contra Fluminense, Atlético-PR e Santos. O Coritiba também enfrenta uma série de três fracassos.
Desde outubro de 2001, o clube paulista não perde quatro partidas seguidas no Nacional.
No mesmo ano, também havia acontecido a última série de três derrotas seguidas da equipe na competição. No Brasileiro 2003, já foram duas dessas sequências.
O elenco atual também já entrou para a história como o responsável pela maior goleada sofrida pelo Corinthians em todas as edições do Brasileiro: 6 a 1 para o Juventude, em Caxias do Sul.
Atual 15º colocado, o time de Juninho pode ainda terminar o Nacional numa colocação pior do que em 2001, quando o clube foi o 18º. Em 2002, a equipe se recuperou e foi vice-campeã.
O atacante Gil é um dos poucos que demonstram preocupação com as marcas negativas. "Quem sabe como o jogador é valorizado nos momentos em que o Corinthians vai bem e experimenta outro tipo de situação fica incomodado", afirmou ele.


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