Santos, São Paulo e seus técnicos são os mais eficientes no sistema, adotado no Brasileiro em 2003

Enquanto são-paulinos tentam recuperar terreno fora, santistas buscam derrubar o líder para voltar a brigar pelo título nacional

JULYANA TRAVAGLIA
RODRIGO BUENO
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um clássico de especialistas. Dentro e fora de campo. Santos e São Paulo medem forças hoje às 16h, na Vila Belmiro, como as equipes que melhor assimilaram os efeitos dos pontos corridos desde a sua adoção para a disputa do Brasileiro, em 2003.
Com 55 pontos e na terceira colocação, o Santos não é superado por ninguém no cômputo geral desde que a fórmula, célebre na Europa, passou a nortear o Nacional. Em 166 jogos, foram 290 pontos somados.
Nessa corrida, o São Paulo aparece em segundo lugar, com oito pontos a menos. Mas se o time do Morumbi leva desvantagem nesse item, no banco de reservas a situação é inversa.
É Muricy Ramalho quem lidera a lista dos técnicos mais vencedores da era dos pontos corridos ao amealhar 267 pontos desde o Nacional de 2003.
Com cinco títulos brasileiros no currículo, Vanderlei Luxemburgo aparece em segundo nesse ranking, empatado com Emerson Leão: 238 pontos.
No entanto, com menos jogos do que Muricy (119 a 155), em razão do ano em que atuou na Espanha, é de Luxemburgo, o melhor aproveitamento: 66,7% a 57,4%.
E num clássico em que estabilidade na ponta e manutenção na zona da Libertadores estão em jogo, o foco em cima desses especialistas vai estar ligado. "O Luxemburgo e o Muricy são os técnicos mais eficientes dos pontos corridos porque têm consistência", diz o superintendente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, que esteve com Luxemburgo no Bragantino, Guarani e Santos.
Líder do Brasileiro com cinco pontos de vantagem para o Internacional, o São Paulo agora quer mostrar a sua experiência nesse tipo de torneio. E o desafio vem diante de um adversário que só perdeu uma em casa (para o Vasco). "Ninguém ganhava do Fluminense nem do Figueirense fora. Fomos lá e vencemos", afirma Muricy.
Luxemburgo descartou seu bom desempenho em pontos corridos ao ser questionado de que forma Muricy poderia surpreendê-lo. "Essa é uma pergunta inteligente. Para eu não falar o que o adversário tem de fazer, eu não vou responder essa", disse o técnico santista.
Temperos para uma partida que pode incendiar o Nacional.
Nove pontos separam os rivais. Entre os dois está o Inter, que faz clássico com o arqui-rival Grêmio, quinto na tabela.


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