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Palmeiras sucumbe no Recife
Time "ganha" primeiro pênalti do Brasileiro, mas vê Carlinhos Bala marcar duas vezes e sai do G4
Sport 3
Palmeiras 1
DA REPORTAGEM LOCAL
A noite teve um único indício
de que terminaria boa para o
Palmeiras no Recife. O pênalti a
seu favor, algo inédito ainda
neste Brasileiro, convertido
por Caio para empatar o duelo.
O solitário momento de felicidade ruiu nos pés do atacante
Carlinhos Bala, autor dos outros dois gols do Sport na vitória por 3 a 1, ontem à noite, na
Ilha do Retiro. Da Silva, também de pênalti, abrira o placar.
Além de perder mais uma vez
para os pernambucanos (2 a 1
no primeiro turno), os palmeirenses terminaram a 35ª rodada fora do G4. Estão em quinto,
com 55 pontos.
O jogo pode ter marcado,
também, a despedida de Valdivia do torneio. No julgamento
de quarta-feira, ele corre risco
de ser punido pelas agressões
cometidas nos vascaínos Alan
Kardec e Thiaguinho.
Se bem que, pelo que jogou
ontem, o chileno parecia já estar fora do time por antecipação. Sonolento, não deu muito
trabalho aos marcadores rivais.
Sem a inspiração do camisa
10, pesou sobre os ombros do
outro armador do time, Caio, a
responsabilidade de conduzir o
Palmeiras ao ataque.
O problema foi que, apesar
de muito acionado, o artilheiro
da equipe no Nacional (nove
gols) pecava na pontaria. Segundo o Datafolha, Caio chutou
6 dos 10 arremates do primeiro
tempo. Só acertou um deles.
Do outro lado, a mira também não estava calibrada. Apenas uma bola do Sport, de cinco
tentadas, atingiu o alvo. Para o
azar dos paulistas, ela foi batida
da marca do pênalti.
O tento anotado por Da Silva,
aos 27min, surgiu de lance polêmico. Após cruzamento de
Dutra, o atacante Carlinhos Bala tentou ajeitar para o colega
de ataque. No meio do caminho, a bola desviou na mão do
zagueiro Gustavo. O árbitro
Carlos Eugênio Simon viu uma
irregularidade. Já os visitantes
pensaram de forma diferente.
"Na minha opinião, a bola bateu na mão do Gustavo involuntariamente", reclamou o volante Pierre, no intervalo.
Mal sabia o atleta que, aos
3min da etapa final, sua equipe
seria protagonista de algo até
então inédito neste Brasileiro.
Um pênalti a seu favor. Makelele entrou driblando na área adversária e acabou derrubado
pelo goleiro Magrão. Chance
rara e convertida por Caio.
Mais ajeitado na marcação,
os anfitriões começaram a levar perigo nos contra-ataques
puxados pela dupla Da Silva-Carlinhos Bala. Em um deles,
aos 11min, o segundo bateu cruzado e vazou Cavalieri.
O técnico Caio Jr. resolveu
mexer. Sacou o volante Martinez e pôs o atacante Luiz Henrique. Caio voltou à posição original de armador.
O zagueiro Gustavo, porém,
não deu tempo para o time se
acertar. Aos 21min, ele tentou
recuar de cabeça para o goleiro.
Não viu que Carlinhos Bala estava entre ele e o arqueiro. Só
viu o atacante desviar de primeira para o canto da meta palmeirense e fechar o placar.
Na próxima rodada, o Palmeiras recebe o Fluminense.
Já o Sport vai à Curitiba enfrentar o Atlético-PR.
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