São Paulo, segunda-feira, 05 de novembro de 2007 |
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De férias das pistas, Hamilton brilha em prateleiras de livrarias Piloto inglês de apenas 22 anos lança hoje em Londres sua biografia oficial
TATIANA CUNHA Eu estava tão feliz de ter provado que muitas pessoas estavam erradas, as pessoas que esperavam que eu fosse mais lento que o Fernando [Alonso]. Até quando me igualei a ele na pré-temporada, diziam-me: "Isto é teste, não fique surpreso se você ficar meio segundo atrás dele na primeira corrida". A vitória mostrou que eu podia ganhar corridas, não só o Fernando. PRIMEIRO ENCONTRO A primeira vez que me encontrei com o Fernando foi em 2006. Estava jantando com meu pai no hotel em Istambul, e ele estava indo para a mesa dele. Quando passou, ele disse: "Oi, eu sou o Fernando". Ele era campeão do mundo, lutava pelo segundo título. Fiquei feliz de encontrá-lo, pois ele era um grande piloto. Fiquei surpreso por ter me cumprimentado. RESPEITO Em janeiro, há uma semana de treinos físicos que a McLaren trabalhou muito para dar certo. Fomos para a Finlândia, e foi legal. Todos foram, eu, o Pedro de la Rosa, os mecânicos, os engenheiros -todos menos o Fernando. Ele deveria ir, mas não foi e acabou não se aproximando do time. Acredito que o respeito que eu tinha por eles e o que eles tinham por mim aumentou. Achei que o Fernando estaria lá para me mostrar como fazer, mas foi bem o oposto. O Ron Dennis insistia para que eu ajudasse o Fernando a se sentir em casa. Ele é muito quieto. Você diz "Oi", ele responde "Olá" e é isso. Então, comecei a ir ao quarto dele jogar videogame para construir uma ligação. HUNGRIA Ron me pediu algumas vezes durante a classificação para deixar o Fernando passar. Mas pensei: "Onde está ele? Não vou diminuir o ritmo se ele não pode me alcançar". Percebi que o Ron estava bravo, mas pensei: "Bom, o Fernando está milhas atrás". Então fiquei ali. No último pit stop, entrei nos boxes e achei que o Fernando estava fazendo algo estranho. Podia ver ele olhando nos espelhos. PROBLEMA Depois do GP da Hungria, liguei para ele e disse: "A gente precisa se encontrar?". Achei que deveria tomar a iniciativa. "Não tenho problemas com você, mas vamos resolver isso". Ele concordou, mas estava muito ocupado na Espanha. Nos encontramos na Turquia, no mesmo hotel em que o conheci. Fomos ao quarto dele. Conversamos e apertamos as mãos. Mas nada mudou abaixo da superfície. Texto Anterior: Labuta: Pentacampeões retomam hoje treinos para ir a Caxias do Sul Próximo Texto: Folga: Inglês aproveita para curtir família Índice |
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