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Marilson fracassa na busca do bi nos EUA
Brasileiro, que tentava 2º triunfo na Maratona de Nova York, acaba em 8º
Inflamação no tendão do pé prejudica atuação de atleta na prova, que viu o queniano Martin Lel e a inglesa Paula Radcliffe saírem vencedores
DENYSE GODOY
DE NOVA YORK
Vencedor da Maratona de
Nova York em 2006, Marilson
dos Santos, 30, não ficou nem
perto de repetir o feito na edição 2007 da prova: ontem, com
tempo de 2h13min47s, ficou
em oitavo. Culpa de uma inflamação no tendão do pé esquerdo, para a qual vinha fazendo fisioterapia há três semanas.
"Senti bastante a lesão nas
descidas e nas curvas", disse.
Devido ao problema, Marilson ficou quase sem treinar, o
que prejudicou o desempenho.
"Nos últimos quatro quilômetros, quando esperava dar a arrancada final, bateu cansaço."
O dia estava perfeito para a
competição: céu parcialmente
aberto e temperatura um pouco acima dos 10C. A prova
atraiu 39.085 participantes.
Com uma hora e meia de prova, Marilson já não fazia mais
parte do pelotão principal, que
contava com dez corredores. Já
chegando ao Central Park, no
coração de Manhattan, restaram cinco: os quenianos Martin Lel, Rodgers Rop e James
Rwambai, o marroquino Abderrahim Goumri e o sul-africano Hendrick Ramaala.
Rop, Rwambai e Ramaala
perderam ritmo. Então, os últimos quilômetros e o resultado
da prova repetiram o ocorrido
na Maratona de Londres, em
abril: Lel, 29, e Goumri, 31, duelando pela liderança.
Quando Lel apertou o passo
na entrada do Central Park,
não deu mais para Goumri. O
primeiro cravou o tempo de
2h09min4s, e o segundo chegou 12 segundos depois. Lel já
ganhara a prova nova-iorquina
em 2003 e tinha batido Goumri
na Inglaterra neste ano.
Ramaala, que liderara o pelotão nos primeiros dez quilômetros, ficou com o bronze, ao
completar em 2h11min25s.
Entre as mulheres, Paula
Radcliffe, 33, recordista da prova, triunfou, com 2h23min09s.
Foi a sua primeira corrida em
quase dois anos -a inglesa fez
uma pausa na carreira por causa da gravidez da primeira filha,
Isla, que nasceu em janeiro.
"Fiquei nervosa no começo,
mas não nervosa demais, porque, afinal, eu me sentia muito
feliz de estar aqui de volta."
Desde o começo da corrida,
Radcliffe era seguida passo a
passo pela etíope Gete Wami,
32, campeã da Maratona de
Berlim em setembro. Até cerca
de um quilômetro antes do final, elas estavam quase juntas.
A inglesa, por algumas vezes,
tentara acelerar, porém não se
livrava de Wami. Só na última
subida disparou, deixando a rival bem para trás -a etíope terminou com 2h23min32s.
Na terceira colocação, ficou
Jelena Prokopcuka, da Letônia,
vencedora em 2005 e 2006.
A premiação para os vencedores era de US$ 130 mil (R$
227 mil). Em termos financeiros, porém, o resultado foi melhor para Wami: ela recebeu
US$ 500 mil (R$ 873 mil) por
vencer o World Marathon Majors, ranking que mede o desempenho dos corredores nas
principais maratonas do mundo -Boston, Londres, Berlim,
Chicago e Nova York- desde a
temporada do ano passado.
O também queniano Robert
Cheruiyot, bicampeão da São
Silvestre (2002 e 2004), que
não correu ontem, abocanhou
o montante do masculino.
Fora do pódio, Marilson agora se concentra na preparação
para a Olimpíada de Pequim-08. Depois de um período de
descanso, ele dará continuidade ao tratamento da inflamação no tendão. Deve voltar a
treinar em três semanas.
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