São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2010

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XICO SÁ

Guerra do "chupa"


O brado retumbante do homossexualismo enrustido se faz muito presente nesta reta final

AMIGO TORCEDOR, amigo secador, de tão engarrafado na dianteira, o campeonato mais difícil do Universo parece mesmo que será decidido no palitinho, na queda de braço ou na rasteira.
Sim, a rasteira, este esporte nacional por excelência, como dizia o velho Graça, o gênio Graciliano Ramos, um dos tantos escritores a esnobar o futebol e vê-lo como fadado ao fracasso em nossas várzeas.
Também conhecida como pernada ou cambapé, a rasteira é praticada em todos os campos, especialmente na política, com quem chega a se confundir em momentos mais agudos.
Um campeonato maldito que nos dá a impressão de um certo fastio ludopédico -ninguém tem apetite suficiente para avançar sobre o caneco como quem morde a mão do churrasqueiro na primeira rodada de picanha ou costela.
Engano, meu jovem, nunca quiseram tanto uma conquista. Repare no exemplo do São Paulo, agora sim um verdadeiro Jason, que parecia na sepultura e retornou depois do feriado dos mortos com aquela obsessão chamada Libertadores a corroer o juízo.
Sai da frente. O tricolor vem com a fome de viver de todas as laricas. Foi capaz de fazer até suposto agrado ao Corinthians no triunfo contra o Cruzeiro. É, amigo, como cantava a Kátia, a bela ceguinha amiga do Rei Roberto, não está sendo fácil. É um certame para a histeria dos marmanjos atingir índices improváveis.
Preparem as oiças para muitos gritos de "chupa", esse brado retumbante do homossexualismo enrustido, na reta final da jornada. Engraçado como o tal eco domina os céus de São Paulo em dias de jogos. Na última quarta, Nossa Senhora, era um chupa daqui, chupa de lá, que mais parecia um ensaio geral para uma nova Sodoma & Gomorra.
Como secador nato, graças a Deus, o meu corvo Edgar está livre do papel passivo da proposta da macharada que ama o futebol acima de todas as coisas. Um secador de verdade não tem time, portanto nunca chupa, a não ser o chicabon do seu próprio infortúnio de haver nascido.
Fluminense, Cruzeiro, Corinthians? Em comum, eles possuem a marra de, em certos momentos, terem vivido a ilusão de campeoníssimos. Agora refazem seus dogmas. Esquecemos de falar do glorioso Bota, com uma ponta da estrela solitária fincada nos céus da Libertadores da América.
Repito: Fluminense, Cruzeiro, Corinthians?
Só o vento, como dizia o escriba popularíssimo J.M.Simmel, sabe a resposta.

Email xico.folha@uol.com.br

@xicosa



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