São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2010

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Calouros locais recebem atenção depois de temporada na rabeira

F-1 Di Grassi e Bruno Senna têm agenda cheia em São Paulo

MARCEL MERGUIZO
DE SÃO PAULO

Churrasco com amigo, ansiedade para ver "Tropa de Elite 2", entrevistas, eventos, entrevistas, eventos.
Entre atender aos fãs, aos patrocinadores e aos jornalistas, antes dos treinos e da corrida no domingo, essa é a rotina dos dois calouros brasileiros na F-1, em São Paulo.
A agenda recheada é nova para Lucas di Grassi, 26, e Bruno Senna, 27, que passaram o ano longe de holofotes.
Em casa, enfim, estão em evidência. Antes, só desfilaram nos últimos postos. A melhor posição final de cada um foi a 14ª -Bruno no último GP, na Coreia, e Di Grassi no terceiro, na Malásia.
Agora, na semana do GP Brasil em Interlagos, o foco também passa por eles.
Anteontem começou a corrida na mídia. Em evento de um patrocinador, participaram de entrevista coletiva e, depois, atenderam, um a um, a uma dezena de repórteres.
"Ontem [terça] ainda fiz um churrasquinho com um amigo. Agora é todo o dia ocupado", conta Bruno à Folha, antes de se encontrar com um fã-clube no hotel.
Na mesma noite, o piloto da Hispania foi à pré-estreia do filme que retrata a carreira de Ayrton Senna. O tio, aliás, fez com que ele tenha fãs no Japão. O sobrenome, porém, não é primordial para convites para eventos ou pedidos de entrevistas.
"O assédio já mudou quando entrei na F-1. E aqui é muito maior. É uma semana cheia. Mas tentei ficar tranquilo, nada social, sem casamentos, batizados", brinca Di Grassi, que, há dez dias no Brasil, ainda não assistiu à "Tropa de Elite 2". "Não tive tempo, acredita?"
Ontem, concederam entrevistas, trabalharam e, depois, voltaram para a casa dos pais, como adolescentes. Outra diferença para eles.
Paulistanos, eles aproveitam e curtem a família. "Fico com eles, com amigos que não vejo há muito tempo. O ruim é que saí de casa com 17 anos e, quando volto, minha mãe ainda acha que tenho 17", diz o piloto da Virgin.
Bruno também se hospeda na casa da mãe, Viviane.
"Comecei a correr há seis anos. Tinha uma vida normal", afirma ele, que queria falar com os avós antes dos treinos que começam hoje.
Rotina diferente do resto do ano, hospedado em hotéis ao lado dos mecânicos.
"Aqui tem o estresse da família. Só está mais tranquilo porque tive um problema no telefone e não estou recebendo chamadas", revela ele.
Quando questionados, ambos dizem não se considerar astros da F-1. Estão afinados no discurso de estreantes, que sonham com um ponto no domingo como se fosse a conquista do título.
E, enquanto suas equipes demonstram marasmo comparadas com outras, eles podem relaxar, em casa.


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