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Calouros locais recebem atenção depois de temporada na rabeira
F-1 Di Grassi e Bruno Senna têm agenda cheia em São Paulo
MARCEL MERGUIZO
DE SÃO PAULO
Churrasco com amigo, ansiedade para ver "Tropa de
Elite 2", entrevistas, eventos,
entrevistas, eventos.
Entre atender aos fãs, aos
patrocinadores e aos jornalistas, antes dos treinos e da
corrida no domingo, essa é a
rotina dos dois calouros brasileiros na F-1, em São Paulo.
A agenda recheada é nova
para Lucas di Grassi, 26, e
Bruno Senna, 27, que passaram o ano longe de holofotes.
Em casa, enfim, estão em
evidência. Antes, só desfilaram nos últimos postos. A
melhor posição final de cada
um foi a 14ª -Bruno no último GP, na Coreia, e Di Grassi
no terceiro, na Malásia.
Agora, na semana do GP
Brasil em Interlagos, o foco
também passa por eles.
Anteontem começou a corrida na mídia. Em evento de
um patrocinador, participaram de entrevista coletiva e,
depois, atenderam, um a um,
a uma dezena de repórteres.
"Ontem [terça] ainda fiz
um churrasquinho com um
amigo. Agora é todo o dia
ocupado", conta Bruno à Folha, antes de se encontrar
com um fã-clube no hotel.
Na mesma noite, o piloto
da Hispania foi à pré-estreia
do filme que retrata a carreira de Ayrton Senna. O tio,
aliás, fez com que ele tenha
fãs no Japão. O sobrenome,
porém, não é primordial para convites para eventos ou
pedidos de entrevistas.
"O assédio já mudou
quando entrei na F-1. E aqui
é muito maior. É uma semana cheia. Mas tentei ficar
tranquilo, nada social, sem
casamentos, batizados",
brinca Di Grassi, que, há dez
dias no Brasil, ainda não assistiu à "Tropa de Elite 2".
"Não tive tempo, acredita?"
Ontem, concederam entrevistas, trabalharam e, depois, voltaram para a casa
dos pais, como adolescentes.
Outra diferença para eles.
Paulistanos, eles aproveitam e curtem a família. "Fico
com eles, com amigos que
não vejo há muito tempo. O
ruim é que saí de casa com 17
anos e, quando volto, minha
mãe ainda acha que tenho
17", diz o piloto da Virgin.
Bruno também se hospeda na casa da mãe, Viviane.
"Comecei a correr há seis
anos. Tinha uma vida normal", afirma ele, que queria
falar com os avós antes dos
treinos que começam hoje.
Rotina diferente do resto
do ano, hospedado em hotéis ao lado dos mecânicos.
"Aqui tem o estresse da família. Só está mais tranquilo
porque tive um problema no
telefone e não estou recebendo chamadas", revela ele.
Quando questionados,
ambos dizem não se considerar astros da F-1. Estão afinados no discurso de estreantes, que sonham com um
ponto no domingo como se
fosse a conquista do título.
E, enquanto suas equipes
demonstram marasmo comparadas com outras, eles podem relaxar, em casa.
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