São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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PAINEL FC

Guarda-roupa renovado
A Alpargatas será a nova fornecedora de material esportivo do São Paulo. O martelo entre a empresa e o clube já foi batido, e o contrato deve ser assinado até segunda-feira. O acordo terá duração de três anos.

Com que roupa?
O mais provável é que a empresa coloque o nome da Topper na camisa tricolor. Mas existe a possibilidade, menor, de a Alpargatas fazer propaganda de outra de suas marcas, a Mizuno.

Bico
Eduardo José Farah recebeu para almoço na última segunda o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e os conselheiros Gilberto Cipullo e Seraphim del Grande, líderes da oposição no Palmeiras. O encontro desagradou a Mustafá Contursi, que tem relação atribulada com o presidente da Federação Paulista.

Sonoro não
Aliados de Mustafá Contursi propuseram a Belluzzo a renúncia de sua candidatura à presidência palmeirense. Disseram que ele teria mais chance se saísse como vice -no Parque Antarctica, as eleições para cada cargo são independentes. Ouviram um "não" do economista.

De volta
Farah voltou a se reunir com o afilhado Bruno Balsimelli, dono da B&B, empresa que ganhou R$ 2,2 mi pela intermediação de contratos da Globo com a FPF. A emissora disse que o empresário não participou do acordo.

Pelas beiradas
O presidente da FPF começa a se articular para a eleição na CBF. Reuniu-se na sede da entidade com um dos maiores aliados de Ricardo Teixeira, o ex-diretor Melchiades Mariano.

Confusão à vista
O Santos não quer liberar Robinho e Diego para a seleção sub-20, que disputa o Sul-Americano em janeiro, no Uruguai. A diretoria alega que, sem os dois convocados, o time seria prejudicado em sua preparação para o Paulista-2003. E teme perder suas maiores estrelas por contusão no torneio.

Porteira aberta
A CBF acertou o empréstimo de R$ 1,5 milhão ao Flamengo. É a segunda vez em uma semana que a entidade aceita abrir seus cofres para auxiliar um time grande. Antes, o Corinthians havia negociado um "papagaio" de R$ 3 milhões com Ricardo Teixeira para pagar o 13º dos atletas e premiações atrasadas.

Orelha inchada
Ricardo Teixeira tem reclamado da pressão que vem sofrendo para "virar a mesa", principalmente dos botafoguenses. O presidente da CBF disse aos cariocas que eles não terão êxito. E aproveitou para alfinetar: "Pelo que falou durante sua campanha, acredito que o presidente eleito [Bebeto de Freitas] será o primeiro a ser contra isso".

Embaixo da mesa
Se em público continua a defender que o Palmeiras dispute a Série B, reservadamente Mustafá Contursi já admite que pode defender mudança nas regras no Brasileiro-2003 caso outro clube -leia-se Botafogo- dê sozinho a cara para bater.

Enxuto
A comissão de "notáveis" criada a pedido de Lula para propor projetos para o esporte, que se reúne pela última vez hoje, pretende encaminhar ao presidente eleito um documento conciso. O cerne da proposta será a democratização do esporte no país.

Estante
O ex-jogador Sócrates, um dos "notáveis", lança hoje à noite, em São Paulo, o livro "Democracia Corintiana - A utopia em jogo", escrito em parceria com o jornalista Ricardo Gozzi.

O escolhido
Gustavo Vieira Oliveira, filho de Sócrates, não está na comissão de "notáveis", mas foi contratado pelo Ministério do Esporte para elaborar dois pareceres, um sobre regulamentação de transferência de jogadores e da atividade dos agentes. O advogado diz que foi selecionado depois de enviar seu currículo. E que a contratação não teve o dedo do pai famoso.

O impasse continua
A Liga Sul-Minas acertou convênio com a FPF e terá árbitros paulistas no regional que pretende promover à revelia da CBF. Mas Ricardo Teixeira promete excluir do quadro da entidade que dirige os juízes que apitarem partidas do torneio.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Francisco Lopes, diretor do Santos, sobre a Vila Belmiro ter ficado ameaçada de interdição porque um torcedor jogou um isqueiro no gramado:
- Aqui no Brasil jogam chinelo e isqueiro no Santos. Na Europa, atiram garrafa de uísque 12 anos. Isso mostra bem como o futebol aqui está pobre.

CONTRA-ATAQUE

Vodca, raquetes e rock and roll

Rotulado na era soviética como um "esporte do capitalismo decadente", o tênis acabou virando um símbolo da Rússia contemporânea tanto quanto o ex-presidente Boris Ieltsin, 71.
Por isso, não é de se estranhar que o político tenha se tornado o mascote da equipe russa na inédita conquista da Copa Davis sobre a França, em plena Paris.
Famoso por dançar rock em palanque e bolinar funcionárias do Kremlin, Ieltsin deu novo show nas tribunas do ginásio de Bercy. Possesso, ele liderou a torcida, pulou, deu soco no ar, bateu em grades de metal, invadiu a quadra e até ergueu a taça.
Deu "abraço de urso" em todos: o exilado Marat Safin, a revelação Mikhail Iouzhny e seu desafeto Ievguêni Kafelnikov.
Depois, diante das câmeras das TVs francesas disparou:
- Eu sou o talismã, disse com largo sorriso no rosto corado.
Esquece-se Ieltsin de que ele foi acusado por Kafelnikov de ter colaborado para derrota na decisão da Davis de 94, quando desconcentrou os tenistas russos ao entrar no ginásio moscovita em um quinto e decisivo set.


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