São Paulo, segunda-feira, 05 de dezembro de 2005

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FUTEBOL

Time supera o Fluminense de virada, e pela primeira vez a Libertadores terá três times de uma mesma cidade do país

Palmeiras vira e fatura título particular

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não era dia de tristeza no Parque Antarctica. O estádio estava lotado, a torcida pronta para comemorar, a diretoria já com reforços engatilhados, pronta para anunciá-los. A festa estava toda armada para o Palmeiras comemorar a vaga na Libertadores como seu título particular na temporada. Faltava "só" a vitória.
E ela aconteceu. Difícil, suada, de virada. O Palmeiras bateu o Fluminense por 3 a 2 e repetiu neste Nacional o mesmo que obtivera no ano passado. Terminou em quarto lugar e ganhou o direito de disputar o principal torneio de clubes do continente em 2006.
Assim, a Libertadores terá pela primeira vez três times de uma mesma cidade brasileira -Corinthians, Palmeiras e São Paulo.
"Depois de trabalhar duro no ano todo, ficar fora da Libertadores seria complicado. Ainda bem que conseguimos", celebrou o lateral-esquerdo Lúcio. "Fico feliz com essa conquista. É bom poder voltar a jogar uma Libertadores", afirmou o atacante Washington.
O jogo foi o de maior público no Parque Antarctica no ano, com mais de 27 mil pessoas.
Como na edição deste ano, os palmeirenses terão de passar por um mata-mata preliminar na Libertadores para conseguir a vaga na fase de grupos do torneio. O adversário a ser batido, em jogos de ida e volta, é o Deportivo Táchira (Venezuela). Se avançar, entrará no Grupo 7 e terá como rivais o Rosario Central (Argentina), o Cerro Porteño (Paraguai) e o Atlético Nacional (Colômbia).
O clube agora centra suas atenções na confirmação de reforços que já estavam acertados previamente e também na busca por jogadores para posições carentes.
Nesta semana, a diretoria palmeirense espera poder anunciar oficialmente pelo menos dois novos atletas: o lateral-direito Paulo Baier e o atacante Edmundo.
Os torcedores ontem já gritavam nome do atacante no estádio, enquanto comemoravam a vitória sobre o Fluminense.
Mas antes de já entoar o coro com o nome do provável novo jogador, os palmeirenses foram obrigados a engolir seco durante boa parte dos 90 minutos.
O Palmeiras começou a partida tentando pressionar o Fluminense, mas seu posicionamento em campo fazia com que o rival fosse mais perigoso ao atacar.
Ansioso por fazer logo um gol -apenas a vitória colocava o time na Libertadores-, o Palmeiras se expunha aos contragolpes.
E foi o Fluminense quem abriu o marcador. Aos 22min, Petkovic tocou para Beto. O atacante chutou, Marcos defendeu e, no rebote, Tuta cabeceou para a rede.
O Palmeiras só conseguiu se acertar na segunda etapa. Porém, com o passar do tempo, o time demonstrava nervosismo.
O empate só saiu graças a Marcos. O goleiro se esforçou para salvar um escanteio. Conseguiu e lançou Gioino. O atacante passou a bola para Washington chutar cruzado: 1 a 1 no placar.
O Fluminense quase estragou o momento de embalo dos palmeirenses ao fazer 2 a 1, aos 22min. Foi quando Arouca, em chute de primeira de fora da área, acertou o ângulo e fez um golaço.
O abatimento da torcida e do time paulista logo foi afastado, já que, aos 29min, o Palmeiras voltou a empatar, num gol contra de Petkovic após chute de Juninho. E a virada, embalada por quase 27 mil vozes entoando o hino do clube e rodando camisas no ar, aconteceu aos 36min.
Correa cobrou uma falta para a área, a bola não foi tocada por ninguém e morreu no gol.
Definitivamente, não era dia de tristeza no Parque Antarctica.

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