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FUTEBOL
Time supera o Fluminense de virada, e pela primeira vez a Libertadores terá três times de uma mesma cidade do país
Palmeiras vira e fatura título particular
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Não era dia de tristeza no Parque Antarctica. O estádio estava
lotado, a torcida pronta para comemorar, a diretoria já com reforços engatilhados, pronta para
anunciá-los. A festa estava toda
armada para o Palmeiras comemorar a vaga na Libertadores como seu título particular na temporada. Faltava "só" a vitória.
E ela aconteceu. Difícil, suada,
de virada. O Palmeiras bateu o
Fluminense por 3 a 2 e repetiu
neste Nacional o mesmo que obtivera no ano passado. Terminou
em quarto lugar e ganhou o direito de disputar o principal torneio
de clubes do continente em 2006.
Assim, a Libertadores terá pela
primeira vez três times de uma
mesma cidade brasileira -Corinthians, Palmeiras e São Paulo.
"Depois de trabalhar duro no
ano todo, ficar fora da Libertadores seria complicado. Ainda bem
que conseguimos", celebrou o lateral-esquerdo Lúcio. "Fico feliz
com essa conquista. É bom poder
voltar a jogar uma Libertadores",
afirmou o atacante Washington.
O jogo foi o de maior público no
Parque Antarctica no ano, com
mais de 27 mil pessoas.
Como na edição deste ano, os
palmeirenses terão de passar por
um mata-mata preliminar na Libertadores para conseguir a vaga
na fase de grupos do torneio. O
adversário a ser batido, em jogos
de ida e volta, é o Deportivo Táchira (Venezuela). Se avançar, entrará no Grupo 7 e terá como rivais o Rosario Central (Argentina), o Cerro Porteño (Paraguai) e
o Atlético Nacional (Colômbia).
O clube agora centra suas atenções na confirmação de reforços
que já estavam acertados previamente e também na busca por jogadores para posições carentes.
Nesta semana, a diretoria palmeirense espera poder anunciar
oficialmente pelo menos dois novos atletas: o lateral-direito Paulo
Baier e o atacante Edmundo.
Os torcedores ontem já gritavam nome do atacante no estádio,
enquanto comemoravam a vitória sobre o Fluminense.
Mas antes de já entoar o coro
com o nome do provável novo jogador, os palmeirenses foram
obrigados a engolir seco durante
boa parte dos 90 minutos.
O Palmeiras começou a partida
tentando pressionar o Fluminense, mas seu posicionamento em
campo fazia com que o rival fosse
mais perigoso ao atacar.
Ansioso por fazer logo um gol
-apenas a vitória colocava o time na Libertadores-, o Palmeiras se expunha aos contragolpes.
E foi o Fluminense quem abriu
o marcador. Aos 22min, Petkovic
tocou para Beto. O atacante chutou, Marcos defendeu e, no rebote, Tuta cabeceou para a rede.
O Palmeiras só conseguiu se
acertar na segunda etapa. Porém,
com o passar do tempo, o time
demonstrava nervosismo.
O empate só saiu graças a Marcos. O goleiro se esforçou para salvar um escanteio. Conseguiu e
lançou Gioino. O atacante passou
a bola para Washington chutar
cruzado: 1 a 1 no placar.
O Fluminense quase estragou o
momento de embalo dos palmeirenses ao fazer 2 a 1, aos 22min.
Foi quando Arouca, em chute de
primeira de fora da área, acertou
o ângulo e fez um golaço.
O abatimento da torcida e do time paulista logo foi afastado, já
que, aos 29min, o Palmeiras voltou a empatar, num gol contra de
Petkovic após chute de Juninho. E
a virada, embalada por quase 27
mil vozes entoando o hino do clube e rodando camisas no ar, aconteceu aos 36min.
Correa cobrou uma falta para a
área, a bola não foi tocada por
ninguém e morreu no gol.
Definitivamente, não era dia de
tristeza no Parque Antarctica.
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