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Corinthians vai ao Rio e fecha com Mano Menezes
Clube demite Nelsinho Baptista e acerta com o ex-técnico do Grêmio por 1 ano
Gaúcho, que também
tinha proposta do Cruzeiro, afirma que a Série B não diminui nenhum técnico e cita Parreira como exemplo
RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Corinthians,
Andrés Sanches, viajou às pressas para o Rio de Janeiro e acertou a contratação do gaúcho
Mano Menezes como substituto de Nelsinho Baptista, demitido ontem pelo time alvinegro.
Andrés e Mano, além do novo
diretor técnico do clube, Antônio Carlos, encontraram-se ontem. Os últimos detalhes do
contrato de um ano foram definidos em um jantar num restaurante da zona sul carioca.
A primeira reunião, segundo
interlocutor do treinador,
ocorreu no escritório do empresário Carlos Leite.
Lá, Mano conheceu e aceitou
o projeto corintiano, que aceitou lhe dar compensação pelo
fato de ele não disputar a Libertadores com o Cruzeiro. O técnico pediu salário de cerca de
R$ 250 mil mensais. Ele também receberá premiação, que
deve superar R$ 1 milhão, se recolocar o time na Série A.
"Já passei por essa situação
com o Grêmio e acho que posso
ajudar o Corinthians a voltar ao
lugar de um clube do tamanho
dele. Resolvi aceitar o desafio",
disse o técnico à Folha.
Para ficar com o treinador, o
alvinegro venceu concorrência
com o Cruzeiro. Ao saberem da
proposta dos mineiros, os corintianos pediram a ele que não
fechasse antes de ouvi-los.
Na cidade, também estava
Vanderlei Luxemburgo, que,
segundo conselheiros, mantinha negociações com o Corinthians, o que o técnico nega.
Ontem, ele e Mano, que conversaram a sós por cerca de 20
minutos, demonstraram interesse em dirigir a equipe do
Parque São Jorge, rebaixada
para a Série B do Nacional.
A prioridade, porém, era Mano Menezes. Andrés afirmou
anteontem que o Corinthians
precisava de um técnico experiente em Série B, que soubesse
as diferenças entre disputar o
campeonato da elite e o da segunda divisão -em 2005, Mano levou o Grêmio à Série A.
"Se o Carlos Alberto Parreira
treinou na Série C, treinar na
Série B não é demérito nenhum. Jogar a Série B não faz
nenhum clube ser menos clube
e nenhum técnico ser menos
técnico", declarou o treinador
ontem, no Rio de Janeiro.
"Ganhar a Série B vai ser tão
importante para a torcida do
Corinthians quanto vai ser importante para a torcida do Cruzeiro ganhar a Libertadores."
Apesar de o time preferir o
gaúcho, havia no clube quem
sonhava com Luxemburgo,
descartado recentemente por
ser considerado caro -recebe
cerca de R$ 600 mil mensais.
No Rio, ele disse não ter conversado com os corintianos e
que ainda não resolveu sua situação com o Santos -tem
contrato até o final deste ano.
"Se o Santos tiver interesse,
vamos discutir o projeto. Ganho muito bem, e dinheiro não
é problema. Mas, se eles não tiverem interesse, vou estudar
outras possibilidades", disse
Luxemburgo, que cogitou até
ficar seis meses em férias.
O técnico, porém, negou que
estar na segunda divisão seria
um empecilho. O primeiro passo para a montagem de uma
nova comissão técnica aconteceu ontem. Antes de acertar
com Mano, o clube anunciou
em seu site oficial o rompimento com Nelsinho, que falhou na
missão para a qual foi contratado: evitar o rebaixamento.
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