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Gol no fim enterra sonho milionário do handebol
Brasil endurece jogo contra campeãs mundiais, mas empate tira país do Mundial
Resultado diante da Rússia impede a evolução da modalidade, turbinada pela Petrobras, que obteve o 7º lugar no último Mundial
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina de handebol esteve muito perto de conquistar um resultado histórico
ontem na França. Contra a
Rússia, atual campeã mundial,
as brasileiras estiveram à frente do placar em todo o jogo. Entretanto, restando apenas 31
segundos para o fim, permitiram que as rivais igualassem o
placar. O empate em 31 a 31 eliminou o Brasil do Mundial.
Aline Pateta, artilheira da
equipe brasileira com sete gols,
atribuiu o resultado ruim a erros da arbitragem. "Jogamos
muito bem, mas infelizmente
os árbitros ainda não admitem
que uma equipe da América ganhe das campeãs mundiais."
Com esse resultado, os classificados do Grupo B foram Rússia e Macedônia. O Brasil terá
de disputar o torneio de consolação e pode, no máximo, ficar
com o 13º lugar, colocação bem
inferior à obtida há dois anos.
No último Mundial, as brasileiras chegaram em sétimo, melhor resultado da seleção na
história do campeonato.
A eliminação precoce das tricampeãs pan-americanas também decepciona o presidente
da Confederação Brasileira de
Handebol, Manoel Luiz Oliveira. Ele prometeu, várias vezes,
que o Brasil chegaria ao pódio
olímpico ou mundial até 2008.
Para isso, o handebol conta
com patrocínio milionário da
Petrobras, que, neste ano, irá
desembolsar R$ 2,8 milhões.
Ao entrar em quadra ontem,
somente a vitória interessava
ao Brasil. A Macedônia havia
vencido a Austrália mais cedo e
somava quatro pontos, dois a
mais do a seleção.
As brasileiras não se intimidaram diante das campeãs
mundiais. Prova disso foi que,
durante toda a partida, a seleção nacional não foi ultrapassada no placar. O primeiro tempo
foi encerrado com vantagem
para as brasileiras: 16 a 13.
Na segunda etapa, a seleção
manteve-se à frente. Faltando
cinco minutos para o fim, as
brasileiras venciam por 30 a 27,
mas permitiram a reação. Polenova fez três gols e empatou.
Dali pôs o Brasil em vantagem,
mas Poltoratskaya igualou novamente, fechando o placar.
"Entramos bem no jogo e
abrimos três, quatro gols de
vantagem. O problema é que a
arbitragem nos prejudicava
sempre que estávamos na frente: invertia faltas e dava dois
minutos para nossas jogadoras,
e as russas empatavam. Acho
que os árbitros estavam mal-intencionados", afirmou Aline.
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