São Paulo, quarta-feira, 05 de dezembro de 2007

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Gol no fim enterra sonho milionário do handebol

Brasil endurece jogo contra campeãs mundiais, mas empate tira país do Mundial

Resultado diante da Rússia impede a evolução da modalidade, turbinada pela Petrobras, que obteve o 7º lugar no último Mundial


MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina de handebol esteve muito perto de conquistar um resultado histórico ontem na França. Contra a Rússia, atual campeã mundial, as brasileiras estiveram à frente do placar em todo o jogo. Entretanto, restando apenas 31 segundos para o fim, permitiram que as rivais igualassem o placar. O empate em 31 a 31 eliminou o Brasil do Mundial.
Aline Pateta, artilheira da equipe brasileira com sete gols, atribuiu o resultado ruim a erros da arbitragem. "Jogamos muito bem, mas infelizmente os árbitros ainda não admitem que uma equipe da América ganhe das campeãs mundiais."
Com esse resultado, os classificados do Grupo B foram Rússia e Macedônia. O Brasil terá de disputar o torneio de consolação e pode, no máximo, ficar com o 13º lugar, colocação bem inferior à obtida há dois anos. No último Mundial, as brasileiras chegaram em sétimo, melhor resultado da seleção na história do campeonato.
A eliminação precoce das tricampeãs pan-americanas também decepciona o presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira. Ele prometeu, várias vezes, que o Brasil chegaria ao pódio olímpico ou mundial até 2008.
Para isso, o handebol conta com patrocínio milionário da Petrobras, que, neste ano, irá desembolsar R$ 2,8 milhões.
Ao entrar em quadra ontem, somente a vitória interessava ao Brasil. A Macedônia havia vencido a Austrália mais cedo e somava quatro pontos, dois a mais do a seleção.
As brasileiras não se intimidaram diante das campeãs mundiais. Prova disso foi que, durante toda a partida, a seleção nacional não foi ultrapassada no placar. O primeiro tempo foi encerrado com vantagem para as brasileiras: 16 a 13.
Na segunda etapa, a seleção manteve-se à frente. Faltando cinco minutos para o fim, as brasileiras venciam por 30 a 27, mas permitiram a reação. Polenova fez três gols e empatou. Dali pôs o Brasil em vantagem, mas Poltoratskaya igualou novamente, fechando o placar.
"Entramos bem no jogo e abrimos três, quatro gols de vantagem. O problema é que a arbitragem nos prejudicava sempre que estávamos na frente: invertia faltas e dava dois minutos para nossas jogadoras, e as russas empatavam. Acho que os árbitros estavam mal-intencionados", afirmou Aline.


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