Time fecha participação no Brasileiro sem estar pronto para o centenário

Contratações adquiridas com status de reforços de peso não correspondem às expectativas do clube e terminam o ano em baixa

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Enfim, o dia tão aguardado no Parque São Jorge há seis meses chegou: o término da temporada de 2009.
Hoje, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, o Corinthians fecha o semestre em que se propôs se preparar para o ano de seu centenário, mas que mais perdeu tempo do que de fato apresentou evolução.
Ao vender o trio Cristian, André Santos e Douglas, o discurso corintiano passou a ser o de reforçar a equipe já pensando na temporada seguinte, quando a Libertadores será o grande objetivo a ser conquistado.
Porém as contratações que foram feitas ao longo de boa parte do Brasileiro-2009, sempre apresentadas como reforços para o ano que vem, acabaram não se firmando até agora.
Edu, o primeiro reforço anunciado logo depois da conquista da Copa do Brasil, chegou para comandar o meio de campo alvinegro. Passou mais tempo no departamento médico do que no time titular.
Outro cuja aquisição foi celebrada, mas não se traduziu em um reforço, propriamente dito, foi Edno. O meia, disputado pelos grandes clubes depois de se desligar da Portuguesa, chegou ao Parque São Jorge como esperança de se tornar o armador que o time perdeu ao vender Douglas. Com atuações sofríveis, foi para a reserva.
Já o argentino Defederico conseguiu, ao menos, terminar o ano como titular. Entretanto, o feito ficou bem abaixo do aguardado, já que sua contratação custou caro (US$ 4,2 milhões), teve o andamento de novela e o jovem meia chegou sob o rótulo de "novo Messi".
O zagueiro Paulo André também termina o ano bem cotado, mas sem a força necessária para fazer a diretoria desistir de buscar mais um defensor e passar a vê-lo como o substituto ideal para Chicão ou William.
O chamado "time do centenário", que era para ser montado ao longo do segundo semestre, somente ganhou esboço a partir do último mês. Foi quando o clube chegou à conclusão de que precisaria mudar os planos e reforçar quase todas as posições e foi buscar Roberto Carlos, Iarley e Tcheco.


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