São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

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Nadal "volta" após 9 anos e arrasa tcheco na Davis

Na mesma Barcelona, vice-líder do ranking levou bandeira no 1º título do país

"Incrível", espanhol encerra a série de quatro derrotas seguidas e depois assiste a Ferrer, de virada, superar Stepanek e conseguir 2 a 0

ROBERTO DIAS
EM BARCELONA

O menino de 14 anos que carregou a bandeira espanhola no primeiro título do país na Copa Davis voltou ontem, em Barcelona, ao mesmo palco daquela final para abrir a vantagem de 2 a 0 de seu país sobre a República Tcheca na decisão deste ano.
Como na disputa de 2000, o garoto, Rafael Nadal, foi o único a aparecer de bermuda na fotografia oficial tirada no Palau Sant Jordi, ginásio de Barcelona há muito conhecido dos brasileiros -nele, a seleção de vôlei conquistou o ouro olímpico nos Jogos de 1992.
Só que agora Nadal era a estrela da foto. Aos 23 anos e no segundo lugar do ranking mundial, ele entrou ontem em quadra para liderar pela primeira vez na carreira a equipe espanhola numa decisão da Copa Davis (não participou da final do ano passado, na Argentina, porque estava contundido).
Seu problema principal desta vez era o retrospecto recente: chegou a Barcelona pressionado por quatro derrotas nos seus últimas quatro partidas no circuito profissional de tênis.
Ontem, porém, sua atuação incluiu uma sequência tão boa que lhe permitiu ganhar 13 games consecutivos do tcheco Tomas Berdych, número 20 do ranking. Nadal fechou a partida em menos de duas e meia, marcando 3 sets a 0 (7/5, 6/0 e 6/2).
"A maneira como ele começou a jogar depois do primeiro set foi incrível", disse Berdych. "Tentei fazer alguma coisa, mas nada parecia funcionar."
Nadal creditou parte da sua atuação ao fato de voltar a atuar no saibro, piso mais lento e que favorece seu estilo de jogo.
Outra parte dos créditos ficou para o "prazer" que disse sentir ao se apresentar em Barcelona. "Faz tempo que não perco aqui", afirmou ele, que já era um "veterano" das quadras quando carregou a bandeira espanhola na decisão contra a Austrália -Nadal começou a jogar tênis com quatro anos.
Ele tem grande retrospecto na Davis: 13 vitórias e uma única derrota em partidas de simples, justamente na estreia, em 2004, e coincidentemente para um tenista tcheco, Jiri Novak.
Após pular e festejar muito com a torcida, Nadal deixou a quadra vaga para a segunda partida do dia, entre o melhor tenista tcheco, Radek Stepanek, 12º do mundo, e o espanhol David Ferrer, 18º.
Um jogo que teve um enredo bastante distinto do de Nadal. Durou quatro horas e 17 minutos. Ferrer perdeu por larga vantagem os dois primeiros sets (1/6 e 2/6), mas ganhou os três seguintes (6/4, 6/4 e 8/6).
A Espanha pode fechar hoje a série, na partida de duplas. Os nomes escalados pelos capitães foram Feliciano López e Fernando Verdasco, pelo lado espanhol, e Lukas Dlouhy e Jan Hajek, pelo lado tcheco.
Mas o time espanhol espera enfrentar a dupla que jogou em todos os outros três confrontos tchecos nesta Davis, formada pelos dois titulares de simples: Stepanek e Berdych. Segundo o regulamento da Davis, a escalação pode ser alterada até uma hora antes do início da partida.
A Espanha busca seu quarto título da Davis. Após décadas acumulando frustrações na competição, disputada desde 1900, a equipe deslanchou e dominou a década. Os tchecos ostentam um único título (1980).


NA TV - Espanha x Rep. Tcheca
Sportv 2, ao vivo, às 13h




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