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Nadal "volta" após 9 anos e arrasa tcheco na Davis
Na mesma Barcelona, vice-líder do ranking levou bandeira no 1º título do país
"Incrível", espanhol encerra a série de quatro derrotas seguidas e depois assiste
a Ferrer, de virada, superar Stepanek e conseguir 2 a 0
ROBERTO DIAS
EM BARCELONA
O menino de 14 anos que carregou a bandeira espanhola no
primeiro título do país na Copa
Davis voltou ontem, em Barcelona, ao mesmo palco daquela
final para abrir a vantagem de 2
a 0 de seu país sobre a República Tcheca na decisão deste ano.
Como na disputa de 2000, o
garoto, Rafael Nadal, foi o único
a aparecer de bermuda na fotografia oficial tirada no Palau
Sant Jordi, ginásio de Barcelona há muito conhecido dos brasileiros -nele, a seleção de vôlei conquistou o ouro olímpico
nos Jogos de 1992.
Só que agora Nadal era a estrela da foto. Aos 23 anos e no
segundo lugar do ranking mundial, ele entrou ontem em quadra para liderar pela primeira
vez na carreira a equipe espanhola numa decisão da Copa
Davis (não participou da final
do ano passado, na Argentina,
porque estava contundido).
Seu problema principal desta
vez era o retrospecto recente:
chegou a Barcelona pressionado por quatro derrotas nos seus
últimas quatro partidas no circuito profissional de tênis.
Ontem, porém, sua atuação
incluiu uma sequência tão boa
que lhe permitiu ganhar 13 games consecutivos do tcheco
Tomas Berdych, número 20 do
ranking. Nadal fechou a partida
em menos de duas e meia, marcando 3 sets a 0 (7/5, 6/0 e 6/2).
"A maneira como ele começou a jogar depois do primeiro
set foi incrível", disse Berdych.
"Tentei fazer alguma coisa, mas
nada parecia funcionar."
Nadal creditou parte da sua
atuação ao fato de voltar a atuar
no saibro, piso mais lento e que
favorece seu estilo de jogo.
Outra parte dos créditos ficou para o "prazer" que disse
sentir ao se apresentar em Barcelona. "Faz tempo que não
perco aqui", afirmou ele, que já
era um "veterano" das quadras
quando carregou a bandeira espanhola na decisão contra a
Austrália -Nadal começou a
jogar tênis com quatro anos.
Ele tem grande retrospecto
na Davis: 13 vitórias e uma única derrota em partidas de simples, justamente na estreia, em
2004, e coincidentemente para
um tenista tcheco, Jiri Novak.
Após pular e festejar muito
com a torcida, Nadal deixou a
quadra vaga para a segunda
partida do dia, entre o melhor
tenista tcheco, Radek Stepanek, 12º do mundo, e o espanhol David Ferrer, 18º.
Um jogo que teve um enredo
bastante distinto do de Nadal.
Durou quatro horas e 17 minutos. Ferrer perdeu por larga
vantagem os dois primeiros
sets (1/6 e 2/6), mas ganhou os
três seguintes (6/4, 6/4 e 8/6).
A Espanha pode fechar hoje a
série, na partida de duplas. Os
nomes escalados pelos capitães
foram Feliciano López e Fernando Verdasco, pelo lado espanhol, e Lukas Dlouhy e Jan
Hajek, pelo lado tcheco.
Mas o time espanhol espera
enfrentar a dupla que jogou em
todos os outros três confrontos
tchecos nesta Davis, formada
pelos dois titulares de simples:
Stepanek e Berdych. Segundo o
regulamento da Davis, a escalação pode ser alterada até uma
hora antes do início da partida.
A Espanha busca seu quarto
título da Davis. Após décadas
acumulando frustrações na
competição, disputada desde
1900, a equipe deslanchou e dominou a década. Os tchecos ostentam um único título (1980).
NA TV - Espanha x Rep. Tcheca
Sportv 2, ao vivo, às 13h
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