São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


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Tênis
Ricardo Acioly, capitão da equipe, diz que triunfo sobre franceses mostra chances do país de ser finalista
Após vitória, Brasil sonha com título

do enviado a Florianópolis
Ricardo Acioly, capitão da equipe brasileira, afirmou ontem que o resultado obtido contra a França é o maior indício que o Brasil tem condições de conquistar o título da Copa Davis, que reúne 16 países em sua primeira divisão (Grupo Mundial).
Com a vitória da dupla brasileira -Gustavo Kuerten e Jaime Oncins- sobre o time francês -Cédric Pioline e Nicolás Escudé-, o Brasil obteve uma vaga nas quartas-de-final da competição. O próximo adversário do Brasil será a Eslováquia.
Além disso, também garantiu a sua participação na próxima edição da Davis -se tivesse perdido para a França, a equipe brasileira teria que disputar uma repescagem no final do ano.
"Mostramos que jogando em casa, numa quadra de saibro, somos uma equipe muito perigosa. Fora do Brasil, também somos um time forte, mas dependemos das condições impostas pelo adversário, como o piso da quadra", afirmou Acioly.
Até hoje, apenas nove países -EUA, Austrália, Inglaterra, França, Suécia, Alemanha, África do Sul, República Tcheca e Itália- conquistaram a Davis, que é disputada desde 1900.
Se passar pela Eslováquia, o Brasil não fará mais nenhum jogo em casa em 2000, de acordo com sorteio realizado pela ITF (Federação Internacional de Tênis).
"A Eslováquia tem uma equipe muito forte. O Karol Kucera e Dominik Hrbaty são jogadores muito fortes em simples, e estão adaptados ao saibro. Porém acho que eles irão sentir muito mais o calor do que os franceses", afirmou o capitão brasileiro.
Contra tenistas da Eslováquia, Kuerten venceu 66,6% dos jogos que fez pelos torneios da ATP. Porém ele nunca enfrentou Hrbaty. Nos três confrontos com Kucera, Kuerten venceu dois.
Já Meligeni não tem um retrospecto tão bom: perdeu os quatro jogos que fez contra Hrbaty, mas venceu a única partida em que teve Kucera como adversário.
Desde que a ITF estabeleceu a criação do Grupo Mundial, em 1981, o melhor resultado do Brasil na Davis foi obtido em 1992, quando foi semifinalista.
"Desde o começo acreditamos que poderíamos vencer todos os jogos. A recompensa veio mais cedo, já garantimos a vaga para as quartas-de-final, pelo segundo ano seguido, e agora com maiores chances de chegar as semifinais, pois vamos pegar a Eslováquia em casa. Não dava para esperar pelo melhor", disse Kuerten.

Camisa amarela
Ricardo Acioly pede que os torcedores que forem acompanhar os últimos jogos do confronto contra a França, na Universidade Federal de Santa Catarina, usem hoje as camisas da seleção brasileira de futebol.
Quando o time francês eliminou o Brasil no ano passado, os jogadores da equipe vestiram a camisa da seleção de futebol da França, que bateu o time brasileiro no final da Copa-98.
"Agora é a nossa vez de tirar um sarro da cara deles. A galera vai poder curtir um pouco com a cara deles", disse Acioly.
Ele descartou a possibilidade de os integrantes da equipe brasileira vestirem a camisa da seleção ao final do confronto com os franceses em Santa Catarina.
A manifestação, porém, não terá o aval da ITF. Ontem, antes do início da partida de duplas, um representante da entidade pediu no sistema de som para que os torcedores que estivessem vestindo camisas amarelas trocassem de roupa, argumentando que o excesso da cor poderia atrapalhar o desempenho dos tenistas.
(ALEXANDRE GIMENEZ)


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