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Tênis
Ricardo Acioly, capitão da equipe, diz que triunfo sobre franceses mostra chances do país de ser finalista
Após vitória, Brasil sonha com título
do enviado a Florianópolis
Ricardo Acioly, capitão da equipe brasileira, afirmou ontem que
o resultado obtido contra a França é o maior indício que o Brasil
tem condições de conquistar o título da Copa Davis, que reúne 16
países em sua primeira divisão
(Grupo Mundial).
Com a vitória da dupla brasileira -Gustavo Kuerten e Jaime
Oncins- sobre o time francês
-Cédric Pioline e Nicolás Escudé-, o Brasil obteve uma vaga
nas quartas-de-final da competição. O próximo adversário do
Brasil será a Eslováquia.
Além disso, também garantiu a
sua participação na próxima edição da Davis -se tivesse perdido
para a França, a equipe brasileira
teria que disputar uma repescagem no final do ano.
"Mostramos que jogando em
casa, numa quadra de saibro, somos uma equipe muito perigosa.
Fora do Brasil, também somos
um time forte, mas dependemos
das condições impostas pelo adversário, como o piso da quadra",
afirmou Acioly.
Até hoje, apenas nove países
-EUA, Austrália, Inglaterra,
França, Suécia, Alemanha, África
do Sul, República Tcheca e Itália- conquistaram a Davis, que é
disputada desde 1900.
Se passar pela Eslováquia, o
Brasil não fará mais nenhum jogo
em casa em 2000, de acordo com
sorteio realizado pela ITF (Federação Internacional de Tênis).
"A Eslováquia tem uma equipe
muito forte. O Karol Kucera e Dominik Hrbaty são jogadores muito fortes em simples, e estão adaptados ao saibro. Porém acho que
eles irão sentir muito mais o calor
do que os franceses", afirmou o
capitão brasileiro.
Contra tenistas da Eslováquia,
Kuerten venceu 66,6% dos jogos
que fez pelos torneios da ATP. Porém ele nunca enfrentou Hrbaty.
Nos três confrontos com Kucera,
Kuerten venceu dois.
Já Meligeni não tem um retrospecto tão bom: perdeu os quatro
jogos que fez contra Hrbaty, mas
venceu a única partida em que teve Kucera como adversário.
Desde que a ITF estabeleceu a
criação do Grupo Mundial, em
1981, o melhor resultado do Brasil
na Davis foi obtido em 1992,
quando foi semifinalista.
"Desde o começo acreditamos
que poderíamos vencer todos os
jogos. A recompensa veio mais
cedo, já garantimos a vaga para as
quartas-de-final, pelo segundo
ano seguido, e agora com maiores
chances de chegar as semifinais,
pois vamos pegar a Eslováquia
em casa. Não dava para esperar
pelo melhor", disse Kuerten.
Camisa amarela
Ricardo Acioly pede que os torcedores que forem acompanhar
os últimos jogos do confronto
contra a França, na Universidade
Federal de Santa Catarina, usem
hoje as camisas da seleção brasileira de futebol.
Quando o time francês eliminou o Brasil no ano passado, os
jogadores da equipe vestiram a
camisa da seleção de futebol da
França, que bateu o time brasileiro no final da Copa-98.
"Agora é a nossa vez de tirar um
sarro da cara deles. A galera vai
poder curtir um pouco com a cara
deles", disse Acioly.
Ele descartou a possibilidade de
os integrantes da equipe brasileira
vestirem a camisa da seleção ao final do confronto com os franceses em Santa Catarina.
A manifestação, porém, não terá o aval da ITF. Ontem, antes do
início da partida de duplas, um
representante da entidade pediu
no sistema de som para que os
torcedores que estivessem vestindo camisas amarelas trocassem
de roupa, argumentando que o
excesso da cor poderia atrapalhar
o desempenho dos tenistas.
(ALEXANDRE GIMENEZ)
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