São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE
Hortência diz que finalista do Paulista feminino terá mais duas escolinhas
Carapicuíba amplia projeto social

da Reportagem Local

Independente da colocação no Paulista feminino de basquete, a cidade de Carapicuíba, cujo time decidiria o título estadual ontem à noite contra a Arcor/Santo André, sai vitoriosa da competição.
Famosa pela pobreza e pela violência, Carapicuíba ganhou em outubro, pouco depois da chegada do Paraná Clube, dirigido pela ex-jogadora Hortência, um centro de excelência -uma "grande escolinha"- de basquete.
E matando a hipótese de que Hortência estaria "usando" a cidade da Grande São Paulo só para obter uma vaga no Paulista e "abandonando-a" após o campeonato, dois novos núcleos devem ser montados em breve.
Hortência afirmou que para que isso aconteça contará com apoio do governo estadual. Ela disse ter garantias de Lila Covas (mulher do governador Mário Covas) de que dois ginásios passarão por reformas e ficarão aptos para uso.
"Haverá um mínimo de 500 crianças (jogando basquete) em cada ginásio", disse Hortência.
Em outubro, em parceria com a Prefeitura de Carapicuíba, Hortência iniciou na cidade um projeto similar ao que tem no Paraná.
No início do ano passado, ela havia firmado um convênio com o governo paranaense para a formação de centros de excelência para crianças e adolescentes se iniciarem no basquete. Hortência afirmou que o projeto é mantido com R$ 150 mil mensais.
A sede é em São José dos Pinhais (Grande Curitiba), mas já foram inaugurados outros sete núcleos no Paraná. Segundo Hortência, 2.600 crianças praticam basquete nos mesmos. "E o objetivo é chegar a 7.000 neste ano."
Em Carapicuíba, com valores não revelados, foi criado um centro de excelência no ginásio Ayrton Senna, que fica na Cohab (conjunto habitacional) 5.
Cerca de 600 crianças de 8 a 13 anos, de ambos os sexos, fazem aulas, sem pagar nada, no projeto que foi batizado de Cestinha.
De acordo com Marta M. Silva, coordenadora do Cestinha, o projeto está alcançando a meta proposta por Hortência de tirar as crianças carentes das ruas.
"Dizer que está ótimo é pouco. O sucesso é total. Há fila de espera para as crianças participarem."
Marta confirmou a existência da idéia da continuidade do projeto. Os locais dos dois novos núcleos devem ser a Cohab 2 e o CSU (Centro Social Urbano), este último, nas palavras da coordenadora, "o câncer da cidade, pois é uma vila muito carente".
Em Osasco, o BCN, eliminado pela Arcor nas semifinais, mantém projeto social parecido, mas só com meninas. (LUÍS CURRO)


Texto Anterior: Evento usa dinheiro público
Próximo Texto: Futebol: La Coruña defende liderança
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.