São Paulo, terça-feira, 06 de fevereiro de 2001

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Comissão apressa investigações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI do Futebol, aberta no Senado, resolveu apressar a investigação a respeito do deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), presidente do Vasco, suspeito de envolvimento em operações irregulares e de enriquecimento ilícito.
O presidente da CPI, Álvaro Dias (PSDB-PR), e o relator, Geraldo Althoff (PFL-SC), resolveram ontem que a comissão vai se dedicar a Miranda na primeira semana de trabalho deste ano, a partir do dia 15, logo depois do fim do recesso legislativo.
Os primeiros a serem ouvidos serão ex-dirigentes e ex-conselheiros do Vasco que, dentro do clube, fazem oposição a Miranda.
Eles deverão depor na primeira audiência pública da comissão neste ano. A data deve ser definida hoje. Entre eles estão o ex-conselheiro Levi Lafetá e o ex-dirigente Agartino Gomes. Logo depois, a CPI vai ouvir Eurico.
"Vamos dar a ele oportunidade para defesa", afirmou Dias. A investigação não vai se restringir a depoimentos. A CPI vai tentar obter provas de denúncias divulgadas no final de semana pela Rede Globo e pelo jornal "Extra", segundo as quais Eurico tem um patrimônio de R$ 4 milhões. Entre os bens, estaria uma casa avaliada em US$ 460 mil em Boca Raton, Palm Beach, Flórida (EUA).
O imóvel foi adquirido por meio das empresas Lolo of Florida Inc. e Lolo Investiments Ltd., com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e que teria Eurico Miranda como diretor-presidente.
Ontem, a CPI preparou um ofício pedindo à Advocacia Geral da União que investigue as empresas e também deixou pronta uma contestação para tentar derrubar no STF (Supremo Tribunal Federal) a liminar obtida por Eurico Miranda suspendendo a quebra de seus sigilos fiscal e bancário.
O deputado nega as acusações.


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