São Paulo, segunda-feira, 06 de fevereiro de 2006

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FUTEBOL

Equipe de Leão dá adeus a aproveitamento de 100% e não se livra de tabu contra rival em partidas pelo Estadual

São Paulo faz 4 e tira pose do Palmeiras

Caio Guatelli/Folha Imagem
Thiago, que saiu do banco de reservas, festeja um de seus dois gols na vitória do São Paulo sobre o Palmeiras por 4 a 2


PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro clássico do Paulista, o Palmeiras de Emerson Leão perdeu a pose. Em meio a dribles decisivos e uma trapalhada entre Alceu e Edmundo no final, o time do Parque Antarctica foi batido pelo São Paulo por 4 a 2. Deu adeus à sua invencibilidade e ao aproveitamento de 100%.
De quebra, perdeu a chance de voltar à liderança. Ocupa agora a terceira posição, porém com um jogo a menos que os rivais.
Além disso, os palmeirenses amargaram o fato de seguir sem vencer o adversário pelo Estadual. O último triunfo no clássico pela competição aconteceu em 1997.
Num só jogo, o time do Parque Antarctica sofreu um gol a mais do que havia levado em cinco apresentações no torneio.
Para o São Paulo, o resultado valeu tranqüilidade ao técnico Muricy Ramalho, que seria pressionado em caso de nova derrota. Até então, a equipe perdera dois jogos, mesma quantidade que tinha de vitórias e de empates.
Os são-paulinos ganharam apenas uma posição na tabela. Ocupam a oitava colocação. Em sua estréia, o atacante Alex Dias construiu a jogada do gol de Danilo. Marcado por três palmeirenses, driblou zagueiro Daniel e serviu o meia Danilo, que chutou na saída do goleiro Marcos e abriu o placar, aos 45min de jogo.
Apesar da falta de entrosamento com os colegas, Alex Dias foi o mais acionado do São Paulo na etapa inicial, recebeu a bola 18 vezes, de acordo com o Datafolha.
Danilo, antes de balançar a rede, tinha feito apenas uma finalização. Rendimento melhor do que o apresentado na primeira etapa por Edmundo, a principal esperança de gols dos palmeirenses.
O atacante passou o primeiro tempo sem chutar nenhuma vez no gol de Bosco. Além disso, perdeu três bolas para os rivais.
Nervoso, ele xingou Washington, após o colega obrigar o goleiro são-paulino a fazer difícil defesa. Edmundo estava livre e reclamou por não ter recebido a bola.
A primeira etapa teve os dois times se revezando nos contragolpes. Cada um fez oito finalizações. O São Paulo acertou cinco, uma a mais que o rival. Antes de ir para o vestiário, Muricy perdeu o atacante Aloísio, machucado no ombro. Em seu lugar entrou Thiago, que ampliou a vantagem do time do Morumbi, aos 24min. Marcos afastou a bola, após cobrança de escanteio, e Lúcio não conseguiu dominá-la. Thiago chutou da entrada da área e balançou a rede.
Até então, o Palmeiras massacrava e tinha acertado duas bolas na trave. Antes de sofrer o segundo gol, o time de Leão havia feito oito conclusões na etapa final, o dobro do adversário.
Aos 32min, o Palmeiras descontou com um gol chorado. Após um bate-rebate na área, Daniel chutou forte para marcar.
Mal os palmeirenses se animaram e sofreram outro baque. Júnior avançou pela esquerda, driblou seu marcador e encontrou Thiago livre, na área. Ele chutou cruzado e fez 3 a 1, aos 34min.
Aos 44min, Edmundo diminuiu cobrando pênalti, mas, de novo, não deu tempo para o Palmeiras reagir. Em seguida, Alceu e Edmundo ficaram olhando a bola, que sobrou para Mineiro, que driblou Marcos e fechou o placar.


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