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Flagra com maconha faz Phelps rever sua carreira
Nadador, que diz sofrer com julgamento, perde patrocínio
DA REPORTAGEM LOCAL
Pessoas gritando com megafones embaixo da janela de seu
quarto às 7h, paparazzi por todos os cantos, visitas indesejadas e julgamento público.
A exposição adquirida após
os oito ouros em Pequim, levada ao extremo após foto sua fumando maconha rodar o mundo, leva Michael Phelps, 23, a
repensar agora sua carreira.
"Sim, ainda tenho metas na
piscina. Mas não deixarei ninguém interferir no meu rumo.
Se eu decidir desistir, decidirei
do meu modo. Se é agora ou em
quatro anos, quem sabe? É algo
sobre o que eu preciso pensar",
disse ele em entrevista ao jornal "The Baltimore Sun".
Apesar das palavras do atleta,
seu técnico, Bob Bowman, que
disse entender a "fraqueza" do
pupilo, não crê que ele pare de
nadar antes de Londres-2012.
Phelps afirmou que sofreu ao
ter de explicar a sua mãe sobre
sua foto fumando maconha em
uma festa. Lembrou-se de
quando foi flagrado dirigindo
embriagado em 2004.
"Não quero nunca mais fazer
isso [contar um erro à mãe]. Fiz
uma coisa estúpida. Tenho
conversado muito com minha
mãe e minhas irmãs", disse o
norte-americano, que tem ficado em companhia da família
quando não está treinando.
Uma das principais preocupações de Phelps é como irá encarar as crianças para quem ele
dá aulas de natação. "Direi que
não estou orgulhoso do que fiz,
que aprendi com os erros que
cometi na vida e que me tornei
uma pessoa melhor."
O nadador ainda corre o risco
de ser preso. Um xerife da Carolina do Sul estuda abrir processo contra ele, que pode render 30 dias de prisão e multa.
Ontem, ele sofreu seu primeiro baque no bolso. A Kellogg's, fabricante de cereais
com sede em Michigan, anunciou que não renovará o contrato que vence no final do mês.
Informou que o comportamento de Phelps "não é condizente
com a imagem" da empresa.
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