São Paulo, domingo, 06 de fevereiro de 2011

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Torcida recebe com pedradas ônibus do time

ADRIANO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A torcida tinha avisado que protestaria. Ontem, como era esperado, por volta de 300 corintianos receberam com pedras o ônibus que levava o time ao CT do Parque Ecológico.
A Polícia Militar respondeu com bombas e balas de borracha. Pelo menos cinco pessoas se feriram levemente, incluindo um repórter fotográfico, atingido com um bambu por um torcedor.
Parte da imprensa foi hostilizada pela torcida e esteve perto de ser atingida pelo armamento da PM.
Os torcedores pediam a saída do técnico Tite e do presidente Andres Sanchez.
O mais apupado, no entanto, era Ronaldo. Uma das faixas dizia que o jogador era um aposentado: "O Corinthians não é INSS".
Os manifestantes também reclamavam do preço dos ingressos, considerado alto demais. Outro grito muito ouvido dizia que, se o time não jogasse por amor, jogaria por "terror".
Após a entrada do ônibus, os portões foram fechados. A torcida passou a atirar pedras sobre eles, em direção ao CT. Em reposta, a polícia jogou bombas. Uma delas explodiu a cinco metros da reportagem.
Pelo Twitter, Ronaldo insinuou que as manifestações têm caráter político e que seriam financiadas por detratores de Andres. O clube tem eleições este ano e já vive disputas internas.
Ronaldo também chamou os manifestantes no CT de "vândalos e marginais". O chefe da segurança do clube, coronel Dutra, disse respeitar o direito de protesto, mas que a repressão teve justificativa.
Segundo a assessoria do clube, depois do treino, os jogadores foram a um hotel, onde ficariam concentrados até o clássico de hoje.
Integrantes de uma torcida organizada prometeram ir ao hotel, à noite, para continuar com os protestos.


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