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FUTEBOL
Em jogo de pouca finalização certa, treinador muda o Santos para vencer
Luxemburgo ganha "guerra fria" depois de tiros errados
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
No clássico dos times "em desenvolvimento", o Santos levou a
melhor na Vila Belmiro, interrompeu a evolução do Palmeiras
e, com o placar de 1 a 0, manteve a
liderança com sua oitava vitória
seguida no Paulista-2006.
O gol saiu num pênalti bem
marcado no fim, em falta do goleiro Sérgio, que saiu mal, sobre o
santista Wendel. Léo Lima, que
substituiu Magnum no segundo
tempo, converteu aos 41min.
A "guerra fria" entre Vanderlei
Luxemburgo e Emerson Leão,
disputada sob mormaço e chuva
forte, começou a se resolver meia
hora antes, quando foi divulgada
a escalação santista: Magnum no
meio, Tabata e Geílson no ataque,
Reinaldo e Léo Lima na reserva.
"Tem que acabar com essa cultura de que a escalação tem que
sair na sexta por causa da imprensa", disse Luxemburgo. "A escalação saiu meia hora antes. Se eu
quisesse, sairia mais tarde."
Vencedor da batalha contra os
desafetos -o outro, Edmundo,
fez o 150º jogo pelo Palmeiras,
mas saiu apagado no segundo
tempo-, Luxemburgo contou
sua versão para a vitória dispensando termos como nó tático.
"Não tem duelo tático, tem trabalho. Ele analisou a minha equipe, eu analisei a dele, e vi que ele ia
jogar com uma zaga [Gamarra e
Daniel] que estava inativa e ia
sentir. Por isso, eu botei velocidade em cima deles e, no segundo
tempo, tirei um zagueiro e botei
mais um atacante", declarou.
O jogo começou mesmo sem
centroavantes clássicos de lado a
lado, já que Edmundo e Marcinho eram a dupla palmeirense. E
as finalizações, coincidência ou
não, eram quase sempre erradas.
No jogo todo, o Palmeiras concluiu 12 vezes ao gol do rival, e
acertou apenas três vezes, enquanto o Santos, de 21 finalizações, teve precisão em só seis.
Desde o início, o Santos apostou em lançamentos para ligar
defesa e ataque. Já o time de Leão
saía em troca de passes em busca
do gol. Aos 20min, o Palmeiras
equilibrou o jogo, após levar três
sustos em arremates de Geílson e
Cléber Santana -que acertou a
trave. E, se não fosse Maldonado,
preciso nos desarmes e cirúrgico
ao tirar a bola em lances na sua
área, a vantagem seria alviverde.
"O primeiro tempo foi do Palmeiras, o segundo foi do Santos",
analisou com propriedade Juninho, ao fim do clássico.
O segundo tempo começou
com o Santos a toda. Além da entrada de Léo Lima, Luxemburgo
tirou o zagueiro Ronaldo para a
entrada de Reinaldo. Leão respondeu com o centroavante
Washington no lugar de Ricardinho, mas não foi suficiente.
Antes dos 15min, o gol de Sérgio fora ameaçado três vezes, com
Maldonado, no pênalti claro que
Geílson sofreu de Márcio Careca
e num chute de Tabata, que foi
salvo por Gamarra na linha.
Mas o erro crônico nas conclusões impediu que o Santos chegasse à vantagem antes do pênalti
que Léo Lima bateu. Agora o líder
vai a Campinas pegar o Guarani.
Já o Palmeiras recebe o América.
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