São Paulo, segunda-feira, 06 de março de 2006

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COPA 2006

Blatter ataca a venda de ingressos do Mundial

DA REPORTAGEM LOCAL

Joseph Blatter, presidente da Fifa, fez pesadas críticas ao sistema de venda de ingressos para a Copa da Alemanha em entrevista ao jornal suíço ""NZZ am Sonntag".
"Provavelmente, teria sido melhor que nós tivéssemos nos encarregado das entradas [da Copa]. Os alemães escolheram um sistema que, sinceramente, não compreendo", afirmou ele.
O dirigente já adiantou que, para o Mundial de 2010, na África do Sul, a Fifa voltará a controlar o esquema de vendas dos ingressos.
"Eu não sei quantos encontros nós tivemos sobre ingressos. Nós não estamos fazendo nenhum progresso com a federação alemã. Não compreendo. Eu me distanciei disso no início, mas, no final, sou culpado de qualquer forma. Na África do Sul, em 2010, nós vamos tomar conta dos tíquetes novamente", afirmou Blatter.
Foram colocados à venda 3,3 milhões de ingressos para a Copa. As entradas contam com microchips e são personalizadas -passarão por scanner nos estádios. Segundo os organizadores, esse sistema foi adotado por questões de segurança, mas há o temor de que sejam formadas grandes filas por conta do reconhecimento de cada torcedor e seu tíquete.
A idéia é eliminar ingressos falsos e evitar ação de cambistas. Cerca de 8% das entradas da Copa foram destinadas às federações nacionais -tirando essas entradas, os tíquetes para os jogos das seleções mais tradicionais, incluindo o Brasil, estão esgotados.
O Mundial da Alemanha será o terceiro seguido com problemas na venda de entradas. Na Ásia, em 2002, as críticas foram a um esquema muito centralizador -uma empresa inglesa, a Byrom Inc., cuidou da confecção e da distribuição dos ingressos. Muitas entradas para a Copa da França , em 1998, acabaram no mercado paralelo e foram negociadas por preços exorbitantes.
"Na Alemanha, a organização tem que fazer um esforço se quiser repetir o que foi feito na França em 1998 ou na Coréia do Sul do Sul em 2002. Primeiro, eles [alemães] têm que provar que a Copa está à altura das expectativas."


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