São Paulo, segunda-feira, 06 de março de 2006

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FUTEBOL

Ex-zagueiro da seleção é acusado de ato racista

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O gesto do zagueiro Antônio Carlos, ex-seleção brasileira, apontando para o braço ao sair de campo após ter sido expulso no jogo entre Grêmio e Juventude, foi interpretado por gremistas como demonstração de racismo contra o volante negro Jeovânio.
A equipe de Porto Alegre derrotou a de Caxias do Sul por 2 a 1. Após o jogo, Antônio Carlos, 37, afirmou que alisava o braço porque corria sangue. Câmeras de TV não mostraram sangramento.
Jeovânio disse não ter visto o momento em que o zagueiro do Juventude saía de campo.
"Fiquei sabendo só no vestiário. Se ele fez, é uma pena. Um jogador experiente e com tantos títulos conquistados deveria pensar mais ao fazer um gesto desses."
Antônio Carlos acertou cotovelada em Jeovânio e recebeu cartão vermelho. Depois, roçou um dedo sobre o braço, dando a entender que mostrava a cor da pele.
Patrício, do Grêmio, mostrou indignação. "Vi o que ele fez, e todos viram. Cabe a cada um interpretar o que viu." O zagueiro Maidana falou em termos genéricos: "Uma atitude como essa sempre tem de ser reprimida, órgãos internacionais do futebol devem punir algo assim. É inadmissível."
Antônio Carlos deve ser julgado por racismo pelo TJD da Federação Gaúcha. E o Ministério Público gaúcho vai requisitar as imagens da TV para analisar o caso.


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