São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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Corinthians já fala até em Copa

Clube assina compromisso com consórcio e pede estádio maior para sediar partidas do Mundial-14

Empresas realizam estudo para alterações no projeto original e apresentam mais duas alternativas de terreno para abrigar a construção


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians formalizou ontem o desejo de construir o estádio proposto pelo consórcio Egesa/Seebla. Representantes do clube e das empresas assinaram termo de compromisso que já havia sido acordado no último dia 21 de fevereiro, conforme revelou a Folha.
O documento foi oficializado com um pedido do presidente corintiano, Andres Sanchez, ao consórcio: ele quer que a empreiteira aumente a capacidade do estádio de 52 mil para 60 mil lugares. O objetivo é pleitear partidas da Copa do Mundo de 2014 na arena.
A empresa ficou de estudar a alteração no projeto original, embora ache difícil. E argumenta que, com 52 mil lugares, já é possível receber partidas do Mundial no Brasil.
No memorando, o consórcio oferece duas outras opções de terrenos além daquele na marginal Tietê, local favorito para abrigar a casa corintiana.
O documento foi assinado ontem, após avaliação de advogados das duas partes. Pelo Corinthians, firmaram o compromisso Andres e o vice Heleno Maluf; pelo consórcio, os diretores Eduardo Martins e Francisco Caiafa.
A Egesa usará a carta de intenção para negociar a compra da área. O prazo para a aquisição do local, perto da ponte Tatuapé, iria até 24 de fevereiro.
Por conta disso, a empresa exigia um comprometimento oficial do Corinthians para seguir negociando. O documento oficializado ontem tem validade até 30 de abril. As duas partes esperam que o contrato seja assinado antes do prazo.
Para que isso aconteça, é necessário que os principais pontos do acordo sejam aprovados pelo Conselho Deliberativo corintiano. Sem falar no entendimento comercial sobre a exploração da área e as garantias financeiras exigidas pelo clube.
O consórcio prevê a arena pronta em 24 meses, com custo de R$ 440 milhões, bancados pelas empresas. Em contrapartida, as empreiteiras vão explorar camarotes e cadeiras cativas. Além disso, poderão vender o nome do estádio. As empresas ainda terão o direito, por sete anos, à comercialização de bebidas e alimentos dentro da arena. O clube fica com o dinheiro da bilheteria.
O projeto conta com o apoio do secretário municipal de Esporte, Walter Feldman. Segundo ele, se o acordo for assinado, a prefeitura ajudará na aprovação da área com os órgãos municipais para o início da obra.
O documento não prevê multa rescisória caso o projeto seja rejeitado pelo conselho.
O compromisso servirá para evitar que a assinatura do contrato de construção do estádio seja aprovado a toque de caixa, sem avaliações mais detalhadas, como sugeriram oposicionistas do presidente do clube.
Segundo Andres, o aval do conselho não é necessário -apenas sua assinatura bastaria. No entanto serviria para dividir responsabilidades.
"O presidente sabe que o conselho é favorável ao contrato. A grande maioria conhece o projeto e as condições do negócio. Estão todos entusiasmados e é uma oportunidade única que não deixaremos passar", disse Maluf, que expôs os principais pontos do projeto na última reunião do órgão.


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