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Corinthians já fala até em Copa
Clube assina compromisso com consórcio e pede estádio maior para sediar partidas do Mundial-14
Empresas realizam estudo para alterações no projeto original e apresentam mais duas alternativas de terreno
para abrigar a construção
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians formalizou
ontem o desejo de construir o
estádio proposto pelo consórcio Egesa/Seebla. Representantes do clube e das empresas
assinaram termo de compromisso que já havia sido acordado no último dia 21 de fevereiro, conforme revelou a Folha.
O documento foi oficializado
com um pedido do presidente
corintiano, Andres Sanchez, ao
consórcio: ele quer que a empreiteira aumente a capacidade
do estádio de 52 mil para 60
mil lugares. O objetivo é pleitear partidas da Copa do Mundo de 2014 na arena.
A empresa ficou de estudar a
alteração no projeto original,
embora ache difícil. E argumenta que, com 52 mil lugares,
já é possível receber partidas
do Mundial no Brasil.
No memorando, o consórcio
oferece duas outras opções de
terrenos além daquele na marginal Tietê, local favorito para
abrigar a casa corintiana.
O documento foi assinado
ontem, após avaliação de advogados das duas partes. Pelo Corinthians, firmaram o compromisso Andres e o vice Heleno
Maluf; pelo consórcio, os diretores Eduardo Martins e Francisco Caiafa.
A Egesa usará a carta de intenção para negociar a compra
da área. O prazo para a aquisição do local, perto da ponte Tatuapé, iria até 24 de fevereiro.
Por conta disso, a empresa
exigia um comprometimento
oficial do Corinthians para seguir negociando. O documento
oficializado ontem tem validade até 30 de abril. As duas partes esperam que o contrato seja
assinado antes do prazo.
Para que isso aconteça, é necessário que os principais pontos do acordo sejam aprovados
pelo Conselho Deliberativo corintiano. Sem falar no entendimento comercial sobre a exploração da área e as garantias financeiras exigidas pelo clube.
O consórcio prevê a arena
pronta em 24 meses, com custo
de R$ 440 milhões, bancados
pelas empresas. Em contrapartida, as empreiteiras vão explorar camarotes e cadeiras cativas. Além disso, poderão vender o nome do estádio. As empresas ainda terão o direito,
por sete anos, à comercialização de bebidas e alimentos
dentro da arena. O clube fica
com o dinheiro da bilheteria.
O projeto conta com o apoio
do secretário municipal de Esporte, Walter Feldman. Segundo ele, se o acordo for assinado,
a prefeitura ajudará na aprovação da área com os órgãos municipais para o início da obra.
O documento não prevê multa rescisória caso o projeto seja
rejeitado pelo conselho.
O compromisso servirá para
evitar que a assinatura do contrato de construção do estádio
seja aprovado a toque de caixa,
sem avaliações mais detalhadas, como sugeriram oposicionistas do presidente do clube.
Segundo Andres, o aval do
conselho não é necessário
-apenas sua assinatura bastaria. No entanto serviria para dividir responsabilidades.
"O presidente sabe que o
conselho é favorável ao contrato. A grande maioria conhece o
projeto e as condições do negócio. Estão todos entusiasmados
e é uma oportunidade única
que não deixaremos passar",
disse Maluf, que expôs os principais pontos do projeto na última reunião do órgão.
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